terça-feira, 9 de agosto de 2011

O Senhor dos Anéis e Crônicas do Gelo e Fogo

O Senhor dos Anéis é um daqueles livros que todo mundo conhece porque já leu ou porque, no mínimo, viu os filmes e aquelas pessoas que não conhecem certamente não estarão visitando um blog sobre livros.


Esse foi o meu primeiro livro no universo da fantasia que eu só conheci depois de ver o filme. É que, apesar de adorar ler já há muito tempo, eu vivia limitada a disponibilidade da biblioteca local numa época em que não tinha uma livraria de verdade na city e eu não tinha acesso tão facilitado à Internet, então eu não conhecia o Tolkien.

Então, no dia em que fui fazer a matricula da faculdade lá em Sorocaba, aproveitamos para ir ao cinema (que também não existia em Tatuí... mas calma, isso foi em 2002) e estava passando O Senhor dos Anéis – A sociedade do Anel, eu simplesmente não sabia que a história não ia acabar naquele filme e sai do cinema desesperada pela continuidade...

Cheguei em Tatuí e descobri que uma amiga do meu irmão tinha A Sociedade do Anel emprestei e li...  comprei As Duas Torres e o Retorno do Rei. A partir daí me apaixonei pelo gênero fantasia, li O Hobbit, Smarilion, Contos Inacabados... depois fui para as Crônicas de Nárnia... Harry Potter...

Já fazia um tempo que não lia fantasia, até que comecei a ouvir e ler todo a agitação em torno de As Crônicas do Gelo e Fogo – descobri lá no blog Na Trilha dos Livros, e claro, comprei imediatamente, imaginando, como disse aqui, que seria uma mistura de Bernard Cornwell com C.S. Lewis.

Ainda não comecei a ler, porque estou lendo Azincourt, mas dei uma pesquisada nos comentários pela net, gostei do que li e não tem como evitar as comparações entre O Senhor dos Anéis e Crônicas do Gelo e Fogo... isso é normal.


Mas, sinceramente, não gostei de alguns comentários mais exaltados, quase que denegrindo O Senhor dos Anéis simplesmente porque Crônicas do Gelo seria uma fantasia realista (paradoxal, não?), já que seus personagens, diferente do que acontece com Tolkien, não são totalmente bons ou totalmente maus, enquanto que em Crônicas do Gelo os personagens se embriagam, matam, agem sem principio, guiados por seus desejos, ou seja, tem os mesmos defeitos de todos nós mortais.

Bem, como disse, ainda não li, mas assisti ao primeiro episódio da série e, ao meu ver, em Crônicas do Gelo os personagens são mais parecidos com os humanos normais do que os personagens de Tolkien. Acho que ai está a principal diferença, porque em O Senhor dos Anéis a grande maioria dos personagens não são humanos, são elfos, hobbits, magos, etc... mas acho que isso não é suficiente para tornar uma obra melhor que a outra.

São diferentes. É óbvio que Tolkien escreveu considerando seus princípios, da mesma forma que C. S. Lewis e a inegável semelhança entre o Grande Aslan e Cristo, e de acordo com o mundo que ele criou. Legolas não se parece com o Toby, mas isso não torna um melhor que outro.

Os mundos de cada uma destas fantasias estão impregnadas com a visão de seus criadores... e, sinceramente, não acho que fantasia tenha que ter credibilidade!!

Por isso acho que todas estas grandes obras de fantasia – O Senhor dos Anéis, As Crônicas de Nárnia, Harry Potter e agora Crônicas do Gelo e Fogo – são maravilhosas com suas próprias nuances e diferenças, e se completam... pois, como já disse, depois de ler O Hobbit, você entende melhor a transformação de Eustáquio em dragão, em O Peregrino da Alvorada!!

Beijos a todos e boa leitura!!!
Fefa Rodrigues

Um comentário:

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Fefa!

Eu era consultora da Natura e o perfume é delicioso. É o ;unico que minha irmã gosta, e ela não gosta de perfume.

Quanto a este post, o que eu acho que acontece é que as pessoas confundem um pouco as coisas. As Crônicas do Gelo e do Fogo, para mim, não é uma "fantasia realista", até porque se é realista, por definição nega a fantasia. O que acontece é que se trata da forma de George Martin escrever: ele escreve fantasia de forma que parece real. Palavra-chave: PARECE. E nos livros seguintes, os elementos fantasiosos ganham mais força. Como já disse, para mjim, a melhor forma de definir o livro é uma mistura de Bernard Cornwell (pela forma realista e direta de escrever) com Tolkien (pela fantasia em si).

E concordo com você: uma não é melhgor que a outra. Só que, apesar de amar O Senhor dos Anéis, admito que não é uma leitura fácil. Tolkien é muito descritivo, e às vezes pára de relatar uma cena bem movimentada para descrever a paisagem. Mas em termos de história em si, ambas são maravilhosas, eu não sei qual eu gosto mais. Não dá para escolher uma em favor da outra. E é inegável que Tolkien foi uma influência forte para George Martin.

E o legal da fantasia é exatamente isso: cabem muitos e muitos mundos dentro dela, cada um tão rico como o outro, com uma mitologia tão intrincada e bela.

Ops, quase escrevi outro post para você! Mas é que esse assunto me empolga muito!

Beijo!