sexta-feira, 29 de julho de 2011

Olhos de Cão Azul – Gabriel Garcia Márquez

Esse foi presente da Tata, minha irmã mais velha. A obra é um coletânea de contos desse grande autor e tem uma particularidade que me atraiu. Os contos são todos meio que mórbidos, sombrios, em alguns momentos eu não sabia se o personagem daquele conto era alguém real ou se era um fantasma.

Detalhe da Capa
Eu curto essas histórias, principalmente quando elas se passam em casarões antigos ou fazendas esquecidas. Alias, casarões antigos são uma outra paixão, sempre que eu passo por algum desses casarões aqui na minha cidade eu me pego olhando e imaginando quem viveu ali, como foi a sua vida, se a pessoa sofreu por amor... minha mente consegue ver os fantasmas que povoam esses lugares (só imaginação gente, não levo jeito pra médium!!!).

Quanto à obra, parece-me que estes contos são os primeiros escritos do Gabo, antes mesmo dele se tornar o escritor reconhecido que é, e mesmo desde então, sua escrita já remete àquele realismo fantástico que fascina seus leitores.

Bem, hoje eu estou meio sem inspiração, então, só vou dizer que vale a pena ler, ok!!

Beijos e sendo hoje sexta-feira bom fim de semana a todos.
Fefa Rodrigues

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Literatura + Moda

A Taís, do blog La Modee me convidou para escrever semanalmente um pouco sobre a inflência da literatura e do cinema na moda de forma geral e também como essas duas fontes de arte influenciam meus looks do dia-a-dia.

Hoje estréia minha primeira postagem por lá e eu escolhi falar um pouco sobre O Diabo Veste Prada.

Então, se você curte literatura+moda+cinema dá uma clicadinha aqui, além de ler meu artigo você pode dar uma boa consultada nas ótimas dicas de estilo da Tá!!!

Beijos
Fefa Rodrigues

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O Perfume - Patrick Süskind

Detalhe da Capa
Lembro que a primeira vez que vi esse livro foi na cabeceira da cama da mãe de uma amiga minha, eu era muito novinha ainda, mas como sempre tive uma queda por livros, abri e li o primeiro parágrafo que ficou gravado em minha memória.
  
Um dia, muito tempo depois, estava xeretando no sebo e encontrei um exemplar, me lembrei de como tinha ficado impressionada com a idéia de alguém nascendo em meio a um monte de tripas de peixe – era o primeiro parágrafo ressurgindo dos reconditos da minha mente – e comprei. Li assim que comprei, então já faz algum tempo, mas não me esqueci da história porque ela é bem original.

Esse livro também foi minha primeira indicação e empréstimo para o Davi, logo que a gente se conheceu e, acho que de tanto eu gostar de livros, isso acabou influenciando ele também. Ele adorou.

Bom, chega de devaneios, vamos a história do livro. O personagem principal, Jean-Baptiste Grenouille é uma pessoa estranha, ele tem um super olfato, mas não tem cheio algum, e isso faz com que ele passe desapercebido pela multidão, como se ele fosse invisível. O seu olfato super desenvolvido permite que ele sinta os cheiros, mesmos os mais imperceptiveis, e ele vai guardando em sua memória, como se fosse um arquivo.

Durante certa época de sua vida ele se torna aprendiz de perfumista. Ele consegue entender que a maior atratividade de uma pessoa está, na verdade, em seu perfume natural, assim, ele encontra uma jovem considerada linda, que ele entende ter um odor especial. De tanto desejá-la – na verdade desejar seu cheiro – ele acaba por matá-la, e assim ele acaba matando umas 25 mulheres, todas ruivas, porque elas são as mais belas, ou, as mais cheirosas!!

Depois dessa fase em Paris, Jean-Baptiste passa um tempo isolado, como um eremita, e nesse tempo ele organiza em sua mente as informações “odorificas” que ele juntou durante sua vida e, quando ele retorna à civilização, ele conhece a mais bela de todas as mulheres que ele também acaba por matar para “pegar” seu cheiro. Com isso ele cria o perfume perfeito e, quando volta a Paris, usando o perfume, ele é esquartejado e morto a bocados por moradores de rua que, naquele momento, sentem-se extremamente felizes como se tivessem realizado a coisa mais importante de suas vidas.

Olha, é uma história realmente original e que eu gostei muito, além disso, eu acho uma ótima dica para pessoas mais jovens que ainda não tem o hábito de ler, pode ser o primeiro de muitos livros!!!

Ah... já ia me esquecendo. O livro virou filme, mas eu ainda não assisti mas vou colocar algumas imagens abaixo!! :o)








Fica ai a dica!

Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues

terça-feira, 26 de julho de 2011

Ana Karenina – Tolstoi

Enfim, depois de praticamente dois meses, terminei de ler Ana Karenina. Meu primeiro contato com a literatura russa foi Guerra e Paz, uma obra longa, cerca de 1.200 páginas de uma obra fenomenal. Um dos melhores livros que já li na vida e, junto com Os Miseráveis, eu considero o ápice da capacidade humana em escrever. Só depois de muito tempo comprei outra obra do autor, Ana Karenina, isso já faz uns 3 anos mas, só agora, li.

Apesar do livro levar o nome da personagem, não considerei Ana como o foco principal, mas como o liame que une todos os envolvidos na história. Tudo começa quando Ana vai a Moscou para tentar reconciliar Dolly, sua cunhada, com Oblonsky, seu irmão, depois deste ter traído a esposa com a governanta. Ana, uma mulher fina e de notável beleza, é casada com Aleksei, com quem tem um filho. Durante a viagem, Ana conhece uma senhora e, ao chegarem a estação, o filho da mulher, o Conde Vronsky, está esperando pela mãe e, imediatamente, se encanta por Ana.

Acontece que Vronsky tem feito a corte a Kitty, irmã de Dolly, a cunhada de Ana, e a bela moça espera que o conde a peça em casamento em um grande baile que está por acontecer.

De outro lado está Liêvn, amigo de Oblonsky - irmão de Ana, ele é um jovem agricultor apaixonado por Kitty, e está em Moscou para criar coragem e pedí-la em casamento. E isso é o que ele faz em uma certa noite, mas Kitty rejeita seu pedido, pois está apaixonada por Vronsky que, a esta altura, está encantado por Ana.

Kitty conhece Ana através de Dolly, e simpatiza muito com ela. O baile chega e Vronky sequer tira Kitty para dançar, já que passa a noite toda cortejando Ana que, assustada com a situação, resolve deixar Moscou e voltar para São Petersburgo no dia seguinte.

Vronsky segue Ana sem se despedir de Kitty ou lhe dar qualquer satisfação. Kitty cai em depressão e quase morre, sendo levada pelos pais para a Alemanha. Liêvn, por sua vez, refugia-se em sua propriedade rural certo de que Vronsky pediu Kitty em casamento enquanto que, em São Petersburgo, Vronsky segue Ana por onde ela vai.

Um detalhe que achei interessante foi que, assim que Ana chegou a São Petersburgo e reencontrou seu marido, o primeiro pensamento que lhe veio a mente foi que suas orelhas eram grandes demais. Isso me fez pensar numa frase que minha mãe sempre diz, que a gente não pode impedir um pássaro de voar sobre nossa cabeça, mas a gente pode impedi-lo de fazer um ninho sobre ela.

A história segue contando paralelamente o que acontece com Kitty, que após se recuperar da dor de amor, retorna à Rússia e acaba casando com Liêvn, e com Ana, que, depois de diversos acontecimentos, acaba abandonando o filho e o marido e passa a viver com Vronsky. Acontece que o esposo traído se nega a lhe dar o divórcio, e isso acaba deixando Ana e Vronsky em uma situação incômoda, porque ela é sua amante, e, naqueles tempos, isso com certeza não soava nada bem.

Ana então não é mais aceita em eventos sociais e suas amigas, até aquelas que conheciam e apoiavam seu caso, acabam se afastando. O casal, então, passa a viver no exterior, mas a vida monótona e sem finalidade acaba entediando a ambos que retornam a Rússia para tentar convencer o marido de Ana a dar o divórcio para que eles possam se casar e retomar a vida em sociedade.

O relacionamento dos dois vai se desgastando à medida que Vronsky sente necessidade de encontrar algo útil para fazer e Ana continua impedida de se relacionar socialmente, já que o marido se nega a dar o divórcio. Assim, um combate velado se inicia entre os amantes, com um culpando o outro intimamente por suas desventuras. Não que eles deixem de se amar, mas toda a situação acaba envenenando os dois.

Acho que é de conhecimento público e notório que Ana, enlouquecida pelos ciúmes sem fundamento, acaba se atirando em frente a uma locomotiva e morre. Vronsky, que a amava de verdade, sofre com a perda e se alista para a guerra eminente, enquanto a pacífica vida de Kitty e Liêvn no campo segue seu rumo, sendo que a única coisa que tira a paz desse é sua falta de fé o que acaba se resolvendo ao final.

É verdade que no fim do livro eu já estava ficando impaciente, mas é só porque eu queria voltar às batalhas medievais logo, o livro é ótimo, um clássico! Acho que o que eu mais admiro nas obras desses grandes escritores é a forma como eles criam seus personagens, a profundidade psicológica que eles lhes dão. Mesmo tempo lido vários desses grandes clássicos, pela primeira vez eu encontrei um personagem psicologicamente idêntico a mim, o Liêvn. Seu jeito de ser, seus pensamentos, seus medos, somos iguais! Eu sou a personificação do caráter desse personagem!!

Recomendo a leitura!!
Agora, tenho até a noite de hoje para decidir qual será minha próxima leitura... mas acho que será Azincourt!!!

Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Lolita x Memória de Minhas Putas Tristes

Na semana do Dia dos Namorados aproveitei para falar um pouco de minhas histórias de amor preferidas e, dentre as oras que eu comentei, estava Memória de Minhas Putas Tristes, nome que, com certeza, para quem não conhece a obra ou o autor, não vai soar como um belo romance.

Como eu falei naquela postagem, esse livro, do Gabriel Garcia Marques conta a história do amor de um homem de 90 anos por uma adolescente mas, antes que alguém que ainda não leu o livro pense em algo asqueroso, saiba que a história, como só podia sair da imaginação de Gabo, não tem nada de erótico.

A história fala de um amor platônico de alguém que conhece a remissão e que começa a viver de verdade aos 90 anos de idade. Nada de sexo. Nada que possa soar sujo. Por isso, qualquer comentário em sentido contrário sobre esse livro só pode vir de alguém que não o leu. Um belíssima história de amor que merece ser lida e relida, como toda a obra de Gabriel Garcia Maques.

Já, em sentido oposto, está Lolita de Vladimir Nabokov. Eu simplesmente DE-TES-TEI! O cara é um pedófilo gente!!! Ele se relaciona com a mãe da Lolita só para chegar nela e quando a mãe da menina morre – diga-se de passagem, depois de sair desvairada pela rua por ter lido as indecências que ele escrevia em seu diário sobre a menina – ele passa a viajar pelos Estados Unidos com a garota, de motel em motel, fazendo vocês sabem o que, até que a menina foge dele e reaparece depois de muito tempo casada com um pobretão, gravida, só para requerer a parte dela na casa que a mãe deixou de herança.

Não sei porque não tem o nome do livro na capa!

Ou seja, o cara simplemente acabou com a vida da menina, depois de se aproveitar dela. Nem lembro o nome do personagem e nem quero lembrar!:o/


Sei que tem quem considere o livro um clássico, mas para mim foi o pior livro que já li na vida. Pior que O Processo, porque desse, eu simplesmente não gostei da história, agora Lolita me deu náuseas!! O filme eu ainda não vi e, sinceramente, não pretendo ver. Grotesco!!

Então, fica ai uma dica do que não ler!!! Pelo menos, do meu ponto de vista!!

Só não mando pra fogueira porque queimar livro é pecado!!!
Beijos e Boa Noite!!
Fefa Rodrigues

sábado, 23 de julho de 2011

Crônicas do Gelo e do Fogo e Azincourt

Minhas novas aquisições acabaram de chegar!! Hummm que delícia, cheiro de papel, de livro novo, muito bom!!!

As Crônicas do Gelo e do Fogo são uma novidade para mim que conheci a série através do blog Na Trilha dos Livros, da minha xará (como escreve essa palavra??) Fernanda. O volume I é a Guerra dos Tronos e o volume II é A Fúria dos Reis.



Quando meu irmão viu eu arrumando os livros na estante ele disse: “você gosta mesmo desse negócio de reis e guerras!”. É, eu realmente gosto, por isso comprei os livros, estou esperando uma mistura de Bernard Cornwell e C. S. Lewis... só para constar o comentário da capa é assim: “A Guerra dos Tronos é a mais importante obra de fantasia desde que Bilbo encontrou o anel” - SF Reviews... só isso já é suficientemente instigante, não acham?


Além disso, antes de sabermos que A Guerra dos Tronos era um livro, eu tinha visto o comercial da série na HBO, que o Davi já começou a assistir e está adorando, daí, quando vimos Na Trilha dos Livros o comentário da Fernanda decidimos comprar!!! Agora tá ai, óh!! 

Além desses dois compramos também o Azincourt, do Bernard Cornwell. Esse já estava decidido faz algum tempo, porque estamos fazendo a coleção do Bernard Cornwell, agora só falta O Condenado. E, como a Fe do Na Trilha falou, logo vem ai o filme e eu quero estar preparada!!!

Vou fazer comentários específicos sobre as histórias quando estiver lendo os livros, mas, por hora, se você quiser saber mais, entra no Na Trilha dos Livros que a Fê já está no volume V da série!!!

Agora estou com um imenso problema, não sei o que ler... faltando 43 páginas para eu terminar Ana Karenina tenho as seguintes opções em minha estante:

1.      Terra em Chamas – volume V das Crônicas Saxônicas
2.      Os deuses da Guerra – volume IV da série O Imperador (ainda não comentei a série mas comentarei em breve!)
3.      As areias de Amon – volume II da série Alexandros (que eu também ainda não comentei)
4.      Azincourt
5.      A Guerra dos Tronos.......

Que difícil decisão viu!!!!!!

Tomara que eu viva 100 anos pra conseguir ler tudo que eu quero ou, tomara que, como o Davi sempre diz, o céu tenha uma grande biblioteca!!! Espero que Aslan esteja cuidando disso!!!:o)

Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues

A Constituição na vida dos povos – Dalmo de Abreu Dalari

Meu grande amigo Moretti, e em breve afilhado, sempre me diz, com um leve tom de sarcasmo, que eu deveria fazer comentários sobre os livros de direito aqui. Bom, então, atendendo a pedidos, vou comentar minhas atuais leituras de direito, mesmo porque, neste caso, os livros são interessantes para pessoas de todas as áreas.

Como uma aspirante ao mestrado, estou lendo, atualmente, um dos livros da lista que a USP exige e que é escrito por um de seus maiores professores e, na minha opinião, a pessoa mais genial nesse país atualmente, o professor Dalmo. O livro é a Constituição na vida dos povos e não tinha como ser melhor porque ele vai falando das origens da constituição desde a Grécia e em especial de seu desenvolvimento durante a Idade Média, a partir das relações entre as pessoas, principalmente na Inglaterra e na França.


Então, a gente que ama Idade Média, lê essa obra com mais gosto ainda, sem contar que a escrita dele é esplendida. É como se fosse direito em forma de poesia. Então, tanto para quem faz/fez direito, como para quem gosta de conhecer mais sobre a nossa sociedade e suas origens, é uma ótima leitura que, como eu já disse ai em cima, não tem nada de maçante dos textos técnicos.

Se um dia eu tiver aula com esse senhor eu poderei morrer feliz!!!

Outro livro, que apesar de não estar na lista dos indicados para o mestrado, eu estou lendo, é O Direito na História do professor José Reinaldo de Lima Lopes. Esse, um pouco mais técnico e detalhista, é mais voltado para os estudantes do direito, seja ainda universitários, pós-graduandos, mestrandos ou apenas operadores, devia ser leitura obrigatória nos cursis de direito. Vale muito a pena ler.


Então, tá ai Moretti, duas dicas de livros de direito!!!

Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ramsés - Christian Jacq

Já faz bastante tempo que eu li essa série de 5 volumes, então não vou fazer um resumo-comentário de cada um deles, pois já não me lembro assim tão detalhadamente, mas vale muita a pena dar a dica, porque os livros são muito bons!

Como o próprio nome já diz, a série conta a história de Ramsés, o grande faraó do Egito, desde sua infância/adolescência, sua educação, o preparo para ser um alto dignatário egipicio e a decisão de seu pai Setti, que o escolheu para ocupar seu lugar em vez de escolher o filho mais velho.

A linguagem do livro é leve e fácil, então é daqueles que, apesar de ter umas 350 páginas, a gente acaba lendo rápido. Claro que a autor usou fatos reais e acontecimentos fictícios para construir a história, mas, até onde me parece, ele foi bem didático ao reconstruir a vida no antigo Egito, desde o cotidiano das altas classes até o dia-a-dia do povo, os costumes e, o que eu gostei em especial, as práticas e rituais religiosos.

A série começa com Ramsés ainda criança e conta parte de sua época de estudos junto com seus três grandes amigos, dentre eles Moisés que um dia levaria seu povo embora do Egito. Então, a gente vai acompanhando a formação intelectual e do caráter de Ramsés que, além de ser uma pessoa excepcional, parece realmente amado pelos deuses, até que ele assume o trono e governa o Egito até seus 89 anos.

Os principais fatos e acotnecimentos de seu reinado são retratados na obra, dá para aprender bastante coisa e sonhar em conhecer o Egito!!

O amor de Ramsés pelo Egito, sua inteligência e astúcia, o dia-a-dia naquele país em uma época de grande glória, com templos magníficos, o equilíbrio entre religião e ciência, as aventuras de sua juventude, a paixão por Iset, a Bela e o amor eterno por Nefertari, a magia que envolve a vida de cada um desses míticos personagens tornam essa série uma das melhores que já li.

Leitura gostosa e empolgante, cheia de mistérios e super envolvente.

Os livros são:

Ramsés - O filho da luz

Ramsés - O templo de milhões de anos

Ramsés - A batalha de Kadesh

Ramsés - A dama de Abu-Simbel

Ramsés - Sob a acácia do ocidente

Imagem gentilmente cedida pelo Google!!

Outra leitura super recomendada!
Beijos e boa leitura
Fefa Rodrigues

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Símbolo Perdido – Dan Brown

Dan Brown é um fenômeno de vendas, não dá para negar, mas, quem já leu mais de um de seus livros já percebeu que, sem tirar os méritos de sua grande criatividade, ele sempre usa a mesma fórmula, e isso acontece, também, em O Símbolo Perdido, livro que eu ganhei de presente no natal de 2009 de um grande amigo, o Dudu.


Bem, vamos por partes... primeiro, tenho certeza de que grande parte dos fanáticos por leitura ficaram no mínimo intrigados quando souberam que Dan Brown estava lançando um novo livro e que, desta vez, a missão do Professor Langdon era nada menos que descobrir o grande segredo da maçonaria, coisa que grande parte da humanidade já tentou e que, até onde eu sei, ninguém conseguiu.

Eu sei, também, que muitas pessoas consideram a maçonaria um grupo de homens ricos que gostam de se reunir com roupas engraçadas para realizar rituais estranhos. Eu ainda prefiro manter uma visão romântica sobre o assunto, apesar de já ter visto centenas de programas na Discovery desmentindo qualquer ligação dos maçons com os Cavaleiros Templários, curto muito mais a idéia de que a Maçonaria é a continuidade daquela ordem que guarda, até hoje, um grande tesouro – seja um monte de ouro ou todo conhecimento da humanidade – garantindo que a luz do conhecimento guie os homens sobre a Terra.

Ou seja, quem gosta de leitura e simpatiza com a maçonaria ficou interessadíssimo no livro e esse foi meu caso!!! Prova disso é que, de tanto falar sobre o livro, acabei ganhando de um amigo de trabalho!!! :o)

Agora, quanto ao enredo, a receita é a de sempre. O professor Langdon é convidado para dar uma palestra em Washington, mas quando chega à cidade, descobre que não é exatamente para uma palestra que ele foi chamado, mas para ajudar um louco a descobrir o grande segredo da maçonaria que ele pretende revelar para o mundo e se Langdon não o ajudar, um de seus grandes amigos famoso maçom e ultra-milionário irá morrer... de pista em pista, deixadas pelos próprios maçons por toda a arquitetura da cidade durante sua construção, ele conta com a ajuda de uma linda cientista (para variar), enquanto os dois fogem da polícia e do maluco que quer usar seus conhecimentos e depois matá-lo, com um leve clima de romance entre o professor e a cientista (é sempre assim no Indiana Jones também, né!!).

Como nos outros livros, a história é repleta de acontecimentos mirabolantes, situações quase impossíveis e Brown usa todos os elementos dessa cidade que, como bem sabemos, foi toda construída a partir da simbologia da maçonaria, mas... especialmente em alguns detalhes, esse livro lembra bem uma novela mexicana.

Eu diria que é legalzinho... não dá para comparar com a seqüência de pistas e informações interligadas que ele conseguiu criar em O Código Da Vinci e, como a história acaba seguindo a mesma fórmula de seus outros livros, meio que perde a graça, além disso, acho que pela grandeza da lenda do segredo da Maçonaria dava para ele ter pensado em um segredo mais interessante escondido em um local mais adequado, mas tudo bem, dá para encarar a leitura, é que eu esperava algo mais tipo A Lenda do Tesouro Perdido, que por sinal eu amo e já assisti umas centenas de vezes.

Para mim, o mais legal desse livro foi aprender sobre o alfabeto maçônico que eu não conhecia e que eu usei na última Caça ao Tesouro que eu organizei e que foi a melhor de todas!!!

A grande questão é: eu indicaria a leitura? Hummmm... digamos que eu poderia indicar muitas outras coisas melhores, massssss.... se de repente você está sem nada em mãos para ler... só esse livro... ah! Leia... também não é tão ruim assim... só acho que não vão fazer um filme dele!!

Bem... fica ai minha opinião... respeitando sempre os pontos de vista diferentes!!!
Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues

terça-feira, 19 de julho de 2011

Crônicas Saxônicas - A Canção da Espada e Terra em Chamas

A Canção da Espada e Terra em Chamas


Finalizando os comentários sobre a série Crônicas Saxônicas, que eu comecei duas postagens abaixo, o volume IV, A Canção da Espada começa em clima de paz. A Inglaterra está dividida entre dinamarqueses ao norte e saxãos ao sul, em Wessex. Alfredo busca manter a paz e os dinamarqueses para além do Tâmisa. Uhtred, agora dono de terras e casado com Gisela, parece enfim ter encontrado tranquilidade, mas, as terras de Wessex são o sonho dos vikings que vem em hordas sem fim da gelada Dinamarca - de chão duro e infértil - e agora irão tentar conquistar a nascente Londres e acreditam que poderão contar com a ajuda de Uhtred. Alfredo, por sua vez, continua em busca de seu sonho, unir os reinos em um único e grande país, a Inglaterra e, para isso, ele precisa expulsar os invasores, manter as fronteiras e garantir a paz. Para isso, Uhtred é essencial e seu juramento será testado até o fim!! O destino de Uhtred esta marcado pelo amor aos dinamarqueses e seu juramento a Alfredo, ele é um homem de honra, que acredita nos juramentos e sabe que são eles que impedem que o caos domine os homens!!!


Gente, o Uhtred é lindo!!! Pelo menos na minha imaginação ele é demais. Forte, corajoso, honrado... um grande herói!! Poxa e o Alfredo, tem hora que dá vontade de matar ele (apesar dele já estar morto), ele é um erudito, mas tem hora que parece mais uma porta! Mas é um grande personagem da história da Inglaterra e se não fosse ele talvez a Inglaterra não fosse a Inglaterra hoje em dia... talvez fosse tudo a Dinamarca hehehehehe.


O volume V, Terra em Chamas, eu ainda não li, mas certamente não será o último como bem já me contou o Davi e a Fê, do Na Trilha dos Livros, mesmo porque o fim só vai chegar quando Uhtred retomar as terras de seu pai, o que ainda não aconteceu. Como é bem possível que este livro seja minha próxima leitura – depois que eu terminar Ana Karenina que, apesar de ser ótimo, já está me deixando meio enjoada, a leitura está meio travada e ainda tem 100 páginas para o fim, mas até o fim da semana eu pretendo terminar –  então dai eu comento, mas com certeza não irei me decepcionar!!!

Então gente, fica ai mais uma dica de uma ótima saga de romance histórico de um dos meus escritores favoritos, Bernard Cornwell, de quem eu já comentei As Crônicas de Artur, A Busca do Graal e Stonehenge!!

As obras de Bernard Cornwell são romances históricos, ou seja, ele usa elementos, fatos e personagens verídicos para contar suas historias e é incrível como ele reconstrói o dia-a-dia e a vida da época, em especial da Idade Média, que é a fase em que a maioria de suas obras de concentra. Daí que a gente acaba aprendendo mais de história por meio de suas obras do que por meio de livros de história mesmo. Um prato cheio pra quem ama livros e história!!!

Ah! Eu já encomendei, estou esperando chegar, Azincourt que também é dele e que também segundo a Fê – Na Trilha dos Livros – tá virando filme!!! Comentários em breve!!! ;o)

Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Coisas que vão deixar saudades... Caça Tesouro

“Só atravessa o Rio Estige
Aquele que um óbolo pagar
Para receber a ajuda de Caronte,
E ao Hades conseguir chegar.”

Ta vendo a moedinha ali???
Acho que uma das coisas que mais vou sentir saudades quando longe estiver é de preparar o Caça ao Tesouro. Calma! Explico. É que já há uns cinco anos, todo Carnaval, durante as noites, temos nossa gincana. A primeira noite de 24 horas, com terroristas, bombas e missão a cumprir. A segundo noite é de Canibal, ou CSI, ou Scotland Gigante e a última noite é da Caça ao Tesouro que fica por minha conta e eu simplesmente amei fazer todas as que eu fiz, as 5 na chácara e as 2 na cidade e, com certeza, vou sentir falta de montar a história, preparar as pistas, acompanhar a galera de lá pra cá nas madrugadas e, principalmente, das histórias que o jogo rende!!!

Vai deixar saudades!!!

Beijos e sendo hoje sexta-feira... Bom fim de semana a todos!!!!!
Fefa

Crônicas Saxônicas – O Cavaleiro da Morte e Os Senhores do Norte


Continuando os comentários sobre a série Crônicas Saxônicas do Bernard Cornwell, o volume II chama-se O Cavaleiro da Morte – sugestivo, hein!! Agora Uhtred luta - para sua própria surpresa - ao lado de Alfredo, o Rei saxão que ele odeia e que foi derrotado pelos vikings. Refugiados em uma região pantanosa, o pouco do que sobrou de seu reino se protege entre rios e neblina e Uhtred tenta reagrupar seguidores. Acho que esse é o único período em que a gente se simpatiza por Alfredo, quando ele quase se torna uma pessoa normal.

Uhtred e Alfredo são opostos. Aquele é um pagão que acredita na força da espada, esse é um cristão devoto – e como tal, na Idade média, cheio dos pecados próprios daquela época – que acredita apenas na proteção dos designos divinos. Um guerreiro e um erudito que se unem na última luta do exército saxão para manter viva a Inglaterra. Emocionante!!!

Para um gostinho de quero mais, ai vai o primeiro parágrafo:

"Hoje em dia olho os garotos de 20 anos e acho que são pateticamente jovens, mal saídos das tetas das mães, mas quando eu tinha 20 anos me considerava adulto. Era pai, havia lutado na parede de escudos e odiava receber conselhos de qualquer pessoa. Resumindo: era arrogante, imbecil e cabeça-dura. Motivo pelo qual, depois de nossa vitória em Cynuit, fiz a coisa errada.

No volume III, Os Senhores do Norte a luta contra os dinamarqueses fica de lado. A questão principal para Uhtred, agora que Wessex está em paz é vingar a morte de seu pai adotivo, o grande senhor dinamarquês Ragnar, que o havia criado e cuja família tinha sido atacada e morta por um antigo inimigo de Uhtred, o agora renegado senhor dinamarquês Kjartan, que domina a fortaleza de Dunholm, e resgatar a filha de Ragnar – sua irmã, de suas mãos. O ano é 878, e além de todos os perigos que Uhtred encontra pelo caminho, terá que enfrentar, ainda, a traição de um de seus mais próximos companheiros.

“Eu queria as trevas. Naquela noite de verão havia uma lua pela metade que saía de trás das nuvens para me deixar nervoso. Eu queria trevas.”


Uma saga realmente emocionante!!
Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Centro de Educação Bilíngue Rebeca

A Mirian e o Márcio são dois amigos que conheço há uns quatro ou cinco anos, e são daquelas pessoas que entram na vida da gente e passam a fazer parte dela. Eles tem uma filha, a Rebeca, hoje com 11 anos, e uma das garotas mais fashion que eu conheço. A Rebeca é surda desde que nasceu.

Já faz um tempo o Márcio, pai da Rebeca, criou - e eu tive a honra de dar uma mãozinha - a Ong Vida em Ação, para organizar melhor o trabalho social que eles realizavam no bairro Jardim Europa, a comunidade mais carente da cidade.

Eu conheci o lugar antes das famílias serem removidas para casas de verdade construídas pelo PAC, programa do Governo Federal, e, nunca como naquele dia, eu me senti mais grata pela minha casa, meu trabalho, minha vida.

Mas, além do trabalho social que realizavam, a Mirian e o Márcio tinham uma preocupação, a socialização da Rebeca. Sem qualquer lugar que a ensinasse a linguagem de sinais ou onde ela pudesse ter uma formação educacional, a Rebeca crescia cada vez mais separada das outras crianças. Eu me lembro que a Mirian e o Márcio se revezavam para ir aos cultos na igreja, para que um deles ficasse em casa com a Rebeca.

Um dia a Mirian entendeu que as cosias não poderiam ficar daquele jeito e começou a fazer o curso de libras para poder ensinar a Rebeca e para poder se comunicar melhor com sua filha. Depois de algum tempo a Mirian começou a ensinar algumas crianças na igreja e criança é demais, não demorou para que a gente começasse a ver outras meninas se comunicando com a Rebeca. Hoje o casal pode ir junto aos cultos porque a Rebeca não precisa mais ficar separada das outras crianças, elas já se entendem!

Acontece que a Mirian não se limitou a ajudar sua filha. Através da Ong do marido ela criou o Centro de Educação Bilíngue Rebeca. No começo ela atendia os surdos em uma garagem, hoje já conta com um local – a casa que eles tinham recebido da mãe dela e que eles decidiram usar exclusivamente para transformar no centro de educação – com um pouco mais de estrutura, ainda não é o ideal e seus sonhos são muito maiores do que tudo que ela já alcançou, mas não é tão fácil encontrar colaboradores.

Hoje nós estávamos conversado e ela me contou um pouco mais das razões que a levaram a dedicar tanto esforço para a criação do Centro de Educação. Ela me disse que a idéia nasceu pela falta de um lugar onde a Rebeca pudesse se socializar, onde ela pudesse ter a chance de se desenvolver culturalmente e até mesmo se preparar para uma formação acadêmica. Infelizmente ela não encontrou nenhuma instituição que aceitasse a Rebeca ou que oferecesse essa formação mais completa, esse desenvolvimento intelectual e cultural, pois na APAE não existe essa formação. Foi então que ela decidiu criar o centro de educação a partir dessa visão de formação completa e de preparo para a profissionalização.

Ela começou com 1 aluno e hoje atende cerca de 20 surdos de 10 a 65 anos através das salas Alfa 1  para a alfabetização para aqueles que não tem qualquer conhecimento, Alfa 2 para alfabetização daqueles que tem um pouco mais de conhecimento das palavras e o Poli que desenvolve outras disciplinas como inglês, artes, teatro, computação. Todas as turmas participam, também, de outras atividades como reforço escolar - quando matriculados na rede normal - e passeios culturais, sempre visando a evolução cultuar dos surdos de forma bilingue, ou seja, a primeira língua é Libras e a segunda é o Português.

Como todo trabalho social, o Centro de Educação precisa de voluntários. A Mirian sonha em contar com, pelo menos, um profissional da área de psicologia, um fisioterapeuta, um fonoaudiólogo e outros profissionais que se disponham a eventualmente realizar alguma atividade com os surdos, ajudando em sua socialização e no desenvolvimento de sua cultura geral.

Hoje a Mirian conta com uma amiga-irmã, a Karyttas que é o seu braço direito no Centro de Educação. A Karyttas me contou que começou a aprender libras depois que, durante uma atividade de evangelismo, ela conheceu um jovem surdo com quem não conseguiu se comunicar. Ela se sentiu tão mal por aquilo que no dia seguinte entrou em contato com Mirian para fazer o curso de Libras. Logo ela se tornou voluntária no Centro e após 4 meses de convivência com outros surdos ela é fluente na língua.

Além de atender aos surdos, o Centro também oferece curso de Libras para não surdos pela mensalidade de R$ 50,00 (cinquenta reais), é uma forma de arrecadar verba para se manter e de fomentar o conhecimento de libras, com isso garantindo a inclusão dos surdos.

A Mirian, que é professora de educação fundamental, está fazendo pós-graduação em Libras e pretende fazer mestrado. Infelizmente ela ainda não encontrou uma instituição que atenda às necessidades da Rebeca que apesar de ter 11 anos não está frequentando nenhuma escola de ensino regular e está aguardando uma vaga no DAP da Prefeitura Municipal.

Eu tenho dado uma mínima ajuda à elas, uma “assessoria jurídica”, é uma gotinha no oceano, mas é minha colaboração para que a luta da Mirian e da Karyttas fique um pouquinho mais leve e para que a vida dos surdos que elas atendem seja melhor.

Essa é a Rebeca!
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Mirian recebendo o computador doado pelo Rotaracty Club
Karytta

Fachada do Centro de Educação















Então, se você é de Tatuí, das proximidades ou mesmo de bem longe, e quer colaborar, ser um voluntário ou até dar uma ajuda financeira, conheça o Centro de Educação Bilíngue Rebeca na Rua Cel. Bento Pires, bem no fim da rua, ou acesse o blog.

Ah, e se você tiver um tempinho, compartilhe este post pelo twiter ou facebook... é só clicar na letrinha correspondente ai embaixo... quem sabe agente encontra outros colaboradores, não é!!!

Abraços
Fefa Rodrigues

Ismália: trágico do jeito que eu gosto!!!

Faz muito tempo que eu li esse poema pela primeira vez e nunca mais esqueci... trágico do jeito que eu gosto!!!

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

                            Alphonsus de Guimaraens


Imagem do Google

Fico pensando, o que teria feito ela enlouquecer? Um amor não correspondido? Uma decepção? Um sonho distante demais?

Bejos
Fefa Rodrigues

terça-feira, 12 de julho de 2011

Crônicas Saxônicas - O Último Reino

Crônicas Saxônicas é mais uma super obra do Bernard Cornwell, uma série de 5 volumes (até o momento), que reconta a história das invasões vikings na Grã-Bretanha e a luta de Alfredo o Grande, para unir todos os reinos da ilha e formar a Inglaterra.

Como acontece em As Crônicas de Artur o personagem que nos conduz na história não é o real Alfredo, mas sim o fictício Uhtred.

O Último Reino e conta a história de Uhtred, um garoto filho do Senhor de Babenburg (deve ter um h em algum lugar nessa palavra mas não me lembro onde), aristocrata do Reino da Nortumbria, que um dia, cavalgando pelas encostas das terras de seu pai avista ao longe os barcos dinamarqueses se aproximando, acontecimento que mudaria sua vida para sempre, assim começa o volume I dessa grande saga.

Alguns dias depois da chegada dos dinamarqueses o garoto acompanha seu pai a uma vila onde onde são atacados pelos poderosos e violentos vikings, seu pai morre no ataque e, quando ele dá uma demonstração de grande coragem, mesmo tendo apenas 10 anos, Ragnar, um grande senhor dinamarquês acaba por adotá-lo. Uhtred então se envolve com os dinamarqueses e percebe que é a melhor vida que um menino podia querer, longe dos padres e das regras rígidas do cristianismo, o garoto vai se adaptando à cultura, à religião e à língua, com seus longos cabelos loiros, agora ele passa a carregar um martelo de Thor no lugar de uma cruz.

Uhtred aprende a amar os dinamarqueses que passam a ser sua família, mas ele é inglês, herdeiro de vastas terras que seu tio tomou para si após a morte de seu pai, sem ao menos tentar procurá-lo, sem nunca tentar resgatar o sobrinho, uma fortaleza inexpugnável junto ao mar e a dúvida acerca de que lado ele deve lutar permanece em seu coração.

Mas, já que assim quiseram as fianderias aos pés de Ygrasil, o destino de Uhtred está ligado à  de Alfredo, rei de Wessex, a quem ele odeia, mas a quem acaba jurado, apesar de seu amor pelos dinamarqueses!

Um livro fantástico e Uhtred é um grande herói um homem corajoso e cheio de honra, alguém que inspira. Além disso, é muito legal conhecer mais da mitologia e das crenças nórdicas (daí você assisti Thor e acha ainda mais legal!!).

Já me falaram que eu exagero e que pra mim todos os livros do Bernard Cornwell são sensacionais, bem na verdade, Stonehenge eu não achei sensacional, eu achei apenas bom, mas realmente As Crônicas de Artur, Crônicas Saxônicas e A Busca do Graal são sensacionais, não tem outra definição!!!

Vai ai o primeiro parágrafo de O Último Reino para instigar você a comprar o livro...


“Meu nome é Uhtred. Sou filho de Uhtred, que era filho de Uhtred, cujo pai também se chamava Uhtred. O escrivão do meu pai, um padre chamado Beocca, o escrevia Utred. Não sei se era assim que meu pai teria escrito, já que ele não sabia ler nem escrever, mas sei fazer as duas coisas e as vezes pego os velhos pergaminhos no baú de madeira e vejo o nome grafado como Uhtred, Utred, Ughtred ou Ootred. Olho esses pergaminhos dizendo que Uhtred, filho de Uhtred, é o único e legítimo dono das terras cuidadosamente marcadas por pedras e diques, por carvalhos e freixos, por pântano e mar, e sono com aquelas terras ermas batidas pelas ondas, sob o céu empurrado pelo vento. Sonho e sei que um dia tomarei as terras de volta daqueles que as roubaram de mim.”

Amanhã falo um pouco do volume 2.
Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues