sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O Cavalo e Seu Menino – As Crônicas de Nárnia

Essa é a terceira crônica. Foi a quinta a ser publicada, mas cronologicamente ela é a terceira, por isso, quando a gente compra a edição que junta todas as crônicas em um único livro, ela fica em terceiro, depois de O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa.

Esta é minha crônica preferida apesar de não ter os reis-irmãos como personagens centrais da trama. Nem sei se vão fazer um filme dessa crônica porque ela é meio que um desvio na seqüência das crônicas e da história dos quatro reis, uma vírgula ou uma pausa para se contar algo que está acontecendo além das fronteiras de Nárnia, com outros personagens, em outros lugares que não a corte do Rei Pedro, o Grande!

De começo já gostei do nome, parece que ele brinca na boca da gente... o cavalo e seu menino... não, não seria o menino e seu cavalo?... parece uma charada... bobeira minha, mas o nome ficava na minha cabeça, se repetindo!

Eu li as Crônicas todas de uma vez e na seqüência e valeu a pena, acho que para quem vai ler pela primeira vez, esse é o melhor jeito, mesmo porque depois, a gente pode reler as preferidas, ou ler tudo de novo esparsamente... mas lendo tudo de uma vez a gente segue a sequencia cronologica dos acontecimentos e não fica perdido entre os tempos...

Como eu falei ali em cima, nessa Crônica os reis Pedro, Suzana, Edmundo e Lucia são personagens secundários ou até “terciários” - nem sei se essa palavra existe risos. Os personagens principais da história são outras duas crianças, Shasta, um menino que vive no Reino da Calormânia, criado porum homem de nome Arriche, como se fosse seu filho, mas sendo tratado de forma rude e maldosa por seu suposto pai e que vê sua vida mudar quando conhece Bri e Huin, cavalos falantes de Nárnia e, como o próprio nome da crônica já demonstra, esses vão ter um papel importante na história. Sua companheira é Aravis, uma garota rica e esnobe, mas que vai demonstrar ser uma boa pessoa.

Bri e Huin querem voltar para Nárnia e as crianças, por seus próprios motivos, vão fugir com eles, passando por muitas aventuras e perigos. A crônica também nos apresenta ao Reino de Arquelândia e tem guerra para ser contada!

Eu gostei muito dessa crônica, ela não tem muito da mágia das demais, mas é minha preferida, e de verdade, não sei dizer a razão, já que eu amo mágia e até reclamei que senti falta dela em Guerra dos Tronos, mas meus colegas que já estão nos outros volumes me acalmaram, dizendo que a fantasia e a mágia vão aparecer!!!

Concluindo, todas as crônicas são ótimas e considero uma leitura essencial para todo amante de livros... já vi por ai algumas pessoas dizendo que tem medo de ler o livro e se decepcionar... acho difícil isso acontecer... mas ao ler Nárnia tem que se ter em mente que este é um livro escrito para crianças, por isso não adianta esperar uma batalha sangrenta como as de Bernard Cornwell... a beleza dessa obra está em outros detalhes... e mesmo sendo escrita para crianças é uma das obras mais perfeitas que eu conheço... tanto que faz parte da minha categoria O Preferido!!!

É isso!!!

Beijos e boa leitura!!!
Fefa Rodrigues

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Beautiful

Andei fotografando esses dias...










Adoro esses desenhos!!!!
Como os desenhos desse artista sempre são feitos em casas antigas e casarões, e como estes imóveis estão caindo com uma frequencia enorme aqui na city, estou fazendo um pequeno acervo fotográfico com os meus preferidos... ainda tem bastante por ai, mas não tive tempo de fotografar tudo!

Beijos...
Fefa Rodrigues...


Isso eu aprendi num livro...

Eu me lembro de que, quando eu li Linha do Tempo, uma frase me chamou atenção. Foi quando o historiador André chegou ao mosteiro – depois de ter viajado de volta no tempo – e se assustou por ver que os monges jogavam uma partida de algo que se parecia com os primórdios do tênis. O historiador então diz para o monge que o acompanhava que nunca imaginaria monges na Idade Média praticando algum tipo de esporte, o monge então responde que “o exercício físico desenvolve o corpo e aguça a mente”. É verdade. Concordo que depois de fazer uma super aula de bike ou correr – coisa que faço todos os dias menos aos sábados e domingos – minha mente parece mais leve, mais atenta...

Por isso, hoje vou dar uma dica, não de livro, mas de um outro blog que foi criado para dar informações sobre treinamentos para diversos objetivos como emagrecer, fortalecer os músculos, alcançar resistência, suplementação... é o Blog do Davi e do Leandro, o Construindo Corpos e que eu te convido para conhecer!!!

Afinal, nós leitoras adoramos ter uma mente aguçada, não é verdade??

Beijos...
Fefa Rodrigues

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Festa do Bode – Mario Vargas Llosa

Um livro surpreendente! Leitura indicada na aula de ciências políticas do meu primeiro ano de faculdade – o mesmo professor que me apresentou ao Gabriel Garcia Márquez. Não conhecia o autor até então e adorei essa obra que trata de uma fase sombria da República Dominicana, o fim da ditadura Trujilo no país. Interessante como até então eu sequer tinha me dado conta da existência daquele país e, após a leitura deste livro, passei a sonhar em visitá-lo um dia.

Detalhe da Capa - Fonte: Google
A história é escrita de uma forma diferente e começa quando Urânia, uma dominicana advogada de sucesso que vive nos Estados Unidos regressa ao país para visitar seu pai que está à beira da morte. A princípio a gente não entende o ódio e o rancor que a mulher nutre por seu pai, mas a história vai se desenrolando a partir das lembranças de sua infância entrecortadas com o relato da conspiração armada para derrubar o ditador.

O livro é mais um relato das atrocidades cometidas por um governo ditador na América que, sem limites para sua crueldade, manteve o poder por meio da força e do medo imposto aos cidadãos, enquanto uma corja elite vivia a seu redor desfrutando de uma vida de luxo, pela qual pagavam qualquer preço, ainda que fosse aquilo que mais amavam.

O livro mostra um pouco da vida do ditador e também de seus filhos que não foram muito diferentes do que lemos e ouvimos, por exemplo, dos filhos da Saddam Hussein, que tinham o país em suas mãos para fazer qualquer coisa que entendessem.

Após a queda do ditador, uma fase de terror se instala no país com uma caça aos culpados e ainda mais violência. Uma cena terrível, em que um pai é forçado a comer a carne de seu próprio filho nunca deixou minha lembraça... o mais triste, é que esta é a parte do livro baseada em fatos reais.

Por fim, a história de Urânia se entrelaça com a de Trujillo de uma forma inesperada e, sem saber, ela foi uma ajuda para os planos e conspirações para derrubar o ditador, mas sua vida estava destruída para sempre.

Lembro-me que meu professor disse que a história fictícia de Urânia podia ser considerada como uma alegoria do que Trujillo fez com a República Dominicana... uma visão interessante das coisas.

Vale a pena ler, especialmente para conhecer um pouco mais sobre essa fase tão sombria da América Latina. Um livro instigante que eu já indiquei para meus amigos que vivem envolvidos com política!

Já comentei aqui sobre o livro Pantaleon e as Visitadoras do mesmo autor, outro estilo, mas divertidíssimo.

Beijos e boa leitura.
Fefa Rodrigues

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Guerra dos Tronos - Crônicas do Gelo e Fogo


You win our you die!

Enfim, terminei! Cheguei ao fim das 567 páginas ontem à noite. Uma dorzinha no coração pela morte de Khal Drogo, diga-se de passagem, meu personagem preferido, apesar de não ser um personagem de destaque!

Minha opinião sobre o livro: gostei muito!

No começo, demorei um pouco para me acostumar com o estilo de escrita do autor, quem já leu o livro sabe do que estou falando e quem ainda não leu, já deve ter visto uma centena de comentários pela Internet, sobre os capítulos serem sempre focados em um dos personagens – sempre os mesmos, ou seja, a história se desenrola de uma forma diferente do que estamos acostumados. Mas isso deixa a leitura super fácil... vencidas as primeiras páginas você não consegue parar de ler... eu até achei que ia demorar mais, afinal são 567 páginas, mas não deu um mês... e olha que eu só tenho tempo de ler a noite, antes de dormir!

Não vou fazer um resumo obra por dois motivos, acho que sou uma das últimas pessoas a ler esse livro (risos) e porque a história é tão complexa que não acho justo ficar apenas numa sinopse. Então, só vou apontar os personagens que mais gostei e os pontos fortes que eu encontrei no livro.

Meus personagens preferidos:

Khal Drogo: apesar de não ser um personagem que conta com capítulos próprios eu me apaixonei por ele! Acho que por conta dele ter protegido a Dany e ter dado a coroa para o Viserys, que, até então, era o mais odioso de todos os personagens!! Infelizmente, hoje, ele cavalga com as estrelas... mas ainda assim, vai ser um personagem inesquecível pra mim!!



Daenerys Targaryen: desde o começo já adorei ela, mas a principio tinha pena! Ela se transformou durante o decorrer da história, e aprendeu muito com todas as suas experiências. Tenho certeza de que ela vai ser uma personagem de grande influência no próximo livro e eu torço muito por ela! E se a teoria da Fê do Na Trilha dos Livros estiver certa, vou amar!!!


Tyrion Lannister: o Duende, apesar de pertencer ao lado negro da força eu acho ele demais, principalmente porque ele soube vencer suas limitações. Ele é culto, tem um humor sagaz, é inteligente e galante... o único Lannister que vale a pena!!


Pontos fortes do livro: como já disse, apesar de serem 567 páginas, a leitura flui fácil, talves por causa da forma como o autor escreve, ou seja, focando personagens umd e cada vez, como se fossem capítulos de uma série... me lembrou o Lost!

Além disso a história é realmente boa e surpreendente, não é cansativa, não é óbvia...

Ontem já comecei a ler a Fúria dos Reis, primeiro tinha pensando ele ler outra livro da seqüência de Alexandros, mas não resisti... mas estou um pouco preocupada com a demora na tradução do volume 4... espero que não demore muito!!!

O livro, como todos devem saber, virou série gravada pela HBO. Assisti até o episódio 6... é bem feita, e gostei dos atores escolhidos para os papéis. A única coisa que não gostei muito é que no livro o khas parece mais grandioso e na série me pareceu um bando de esfarrapados andando de um lado para outro...

Para quem não leu ainda, vale a pena, apaixonante como O Senhor dos Anéis!! E agora o livro está bem mais barato...

Beijos e boa leitura.
Fefa Rodrigues


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Júlio Verne

Hoje, em vez de falar de um livro específico, vou falar de um autor, Júlio Verne. Considero o autor uma ótima escolha para incentivar a leitura em crianças que estão chegando à adolescência, especialmente para aqueles que já passaram pela fase Coleção Vaga-lume. Do autor li os seguintes livros:


Volta ao Mundo em 80 Dias: amei esse livro, e acho que foi ele um dos responsáveis por despertar em mim o sonho – que começo a realizar em abril do próximo ano – de conhecer o mundo! A história começa quando Fileas Fogg, o personagem principal, durante uma acalorada conversa com os distintos senhores do clube onde costumava jantar, aposta 20 mil libras que, com a tecnologia e os meios de transporte da época, era possível rodear o globo em 80 dias. Fileas então, sai para sua aventura em companhia de criado Fura Vidas que, por ter certa semelhança com o bandido que havia assaltado o Banco da Inglaterra na mesma época, passa a ser perseguido pelo detetive Fix que acredita que aquela aposta é apenas uma desculpa para os ladrões deixarem o país sem suspeitas. A história é cheia de aventuras por cada um dos países que os dois passam, e o que eu mais gostei em tudo foi o final do livro, que nunca mais me esqueci apesar de ter lido há uns 15 anos, quando perguntam a Fileas o que ele ganhou com tudo aquilo já que o valor da aposta apenas cobriu os gastos que ele teve, e ele diz que ganhou o amor – porque ele havia salvado uma linda moça, na Índia se não me engano, e ela seguiu com ele até a Inglaterra. Muito legal!!


20 Mil Léguas Submarinas: depois de ler a Volta ao Mundo, quis ler mais do autor e por sorte o sebo da cidade tinha bastante dele a oferecer, apesar de serem todos os livros velhos e de páginas amarelas desfazendo e me fazendo espirrar a cada página virada. O autor adora imaginar máquinas e equipamentos que a tecnologia poderia nos proporcionar e nesse livro a história gira em torno das especulações que estão sendo feitas em torno de um “ser” que aparece e desaparece no mar, talvez um animal gigante, mas que é, na realidade um submarino desenvolvido por seu Capitão Nemo, que só depende dos meios próprios do ambiente marítimo para sobreviver, de onde ele retira o alimento da tripulação e tudo que ele e seus homens necessitam para viver. Os personagens principais são francês Aronnax, seu serviçal Conseil e o habilidoso arpoador Ned Land que acabam resgatados pelo Capitão Nemo e convidados a fazer uma viagem a bordo do submarino vão viver aventuras e acontecimentos extraordinários em uma viagem que dura 20 mil léguas!


Viagem ao Centro da Terra: na seqüência foi essa a leitura, e minha preferida dentre as obras desse autor! Tudo começa quando Lidenbrock, professor e cientista encontra no interior de um livro antigo um manuscrito que é decifrado por Axel, seu sobrinho, revelando um suposto caminho que levaria ao centro da terra, começando pelo vulcão Sneffels. Lidenbrock convence o cético Axel e os dois iniciam a jornada tendo Hans como guia e ai começa a aventura, cercada de dificuldades encontradas pelo caminho.

O Castelo dos Carpatos: esse foi o que menos gostei e último que li do autor. A história se passa numa antiga vila romena onde estão os restos de um Castelo que, segundo os aldeões, está dominado por espíritos malignos e por bruxas.... A questão da tecnologia e dos aparelhos que fazem coisas por nós é bem rpesente aqui também. Não me lembro de muitos detalhes desse livro, como disse, foi o que menos gostei, mas também é uma leitura interessante.
Mesmo para adultos, Júlio Verne é uma leitura aconselhada. Ficção científica da melhor qualidade e um clássico da literatura!!

Beijos e boa leitura.
Fefa Rodrigues.



quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Alienista - Machado de Assis

Ontem a noite estava tentando me lembrar de livros que lá há mais tempo para fazer novas postagens, fiz uma pequena lista e o primeiro deles foi O Alienista de Machado de Assis, mas não cheguei a preparar qualquer postagem.

Hoje, visitando os blogs que vejo todos os dias me deparei com um comentário justamente sobre este livro no blog Dos meus Livros, e como a postagem lá é ótima, vou sugerir a visita emv ez de também escrever um comentário mais longo sobre a obra.

Só para ressaltar, o blog é de um português e eu fico muito feliz quando me deparo com comentários sobre leituras de autores brasileiros tanto do autor do blog como de outros leitores e todas as vezes as opiniões são boas!!

É bom saber que tem gente pelo mundo a fora que sabe que nós temos mais a oferecer do que samba, futebol e novela!!!

Então, dê uma lida no comentário e, tendo a oportunidade, conheça um pouco mais da literatura nacional!!

Beijos
Fefa Rodrigues

Pela cidade...

Minha cidade é média, não é uma cidade muito bonita, não tem muito o que se ver, mas, mesmo aqui, quando presto atenção, consigo encontrar alguma beleza... então, vou compartilhar alguns cantos da cidade que eu gosto!!

Tem um bairro que fica a poucos quarteirões do cetro da cidade, antigo, tem um enorme casarão em frente a uma fábrica desativada há séculos, em volta da fábrica, pequenas casas que antes serviram de moradia para os trabalhadores da têxtil São Martinho. Infelizmente, apesar do local ser tombado como patrimônio histórico, está tudo tão largado que um dia vai acabar desabando...

Às vezes passo por lá só para dar uma olhada naquela arquitetura que está desaparecendo... algumas vezes fotografo, especialmente o mirante da fábrica... olha ai algumas fotos dele...







Bonito não acham?!

Até que a fábrica, pela frente, ainda está em bom estado. Na próxima vou postar fotos do casarão que era do dono da fábrica e dai vai dar até dor no coração!!

Beijos...
Fefa Rodrigues

Nota

Algumas vezes li em blogs pela net a fora, seus autores falando sobre comentários mal educados deixados pelos visitantes. Confesso que só vi esse tipo de coisa em blogs de moda, então, não sei se isso acontece com frequência em blogs sobre leitura.

Eu sempre acreditei que não, mas ontem fui surpreendida por um comentário mal educado no post sobre O Retrato de Dorian Gray, comentário este que achei por bem excluír sem publicar. Como comentei lá no post, este foi um livro que não me agradou, mas fui clara em dizer que meus comentários se limitam ao meu simples gosto ou não pela história, nada mais que a opinião de uma leiga.

Quando criei esse blog, tinha em mente compartilhar minha paixão pela leitura com outras pessoas que tem o gosto em comum e quando dou minhas opiniões digo que respeito as divergentes, pois, sempre acreditei que em meio aos leitores estão as pessoas de qualidade intelectual mais elevada e, portanto, pessoas tolerantes e bem educadas, talvez eu esteja equivocada.

Então, fica aqui minha nota de esclarecimento ao anônimo que me chamou de ESTÚPIDA – assim mesmo, com letras maiúsculas. Justifico o motivo pelo qual o comentário não foi publicado:

Sr. (a) Anônimo, seu comentário não foi publicado porque foi deselegante, em que pese meu respeito por sua opinião e paixão por Oscar Wilde. Acredito que todos tem direito à sua própria opinião, por isso, se seu comentário fosse discordando do meu e dando seu ponto de vista, suas razões para gostar do livro, seria publicado e até poderia servir para que eu enxergasse a obra com outros olhos, entretanto, como você se limitou a me ofender, o cometário foi excluído.

Esclarecidos os fatos, me despeço.
Beijos a todos e boa leitura!
Fefa Rodrigues

 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O Vermelho e o Negro - Stendhal

Hoje mais uma dica de clássico da literatura que comprei baratinho – R$ 3,00, daquela senhora que estava se desfazendeo de sua bibliotéca por problemas diversos há alguns anos, como já comentei aqui.

Detalhe da Capa
Este livro, que tem como personagem central o jovem Julien, se passa em duas partes. A primeira apresenta Julien Sorel, um jovem inteligente, sagaz, mas mal nascido, que prefere passar o tempo lendo em vez de ajudar seu pai, que era carpinteiro, o que não agrada muito à sua familia. Julian acaba entrando para a vida religiosa, o que parece um cliche para os mals nascidos mas dotados de inteligencias naquelas épocas. Julien então, se tornar cura e, mais tarde, preceptor dos filhos do rico Sr. de Rênal, prefeito da cidade. Apesar de fazer o tipo piedoro, na verdade, Julien, que admira Napoleão e suas batalhas, usa sua posição de clérigo e seu conhecimento da Bíblia apenas para impressionar as pessoas importantes e abrir seus caminhos.

Julien, então, vai vier na casa do Sr. Rênal e logo se interessa pela Sra. de Rênal que também se apaixonada pelo jovem tutor dos filhos, o que acaba, é claro, em adultério e não demora para que, pela boca de uma das serviçais da casa, todos fiquem sabendo. Julien, então, é mandado para um seminário em Besançon e ali logo cai nas graças do abade Pirard que o recomendando ao Marquês de La Mole, para colocá-lo a seus serviços como secretário e acaba aqui a primeira parte ou fase da história.

A partir da segunda parte do livro Julien está em Paris trabalhando para o marquês La Mole, onde acaba se envolvendo nas maquinações políticas da elite parisience e com a filha do marquês, Mathilde que, a principio desprezou Julien por sua origem humilde mas, após algum tempo, passou a se interessar por ele reconhecendo sua inteligência e demais qualidades. Mathilde e Julien então passam a fazer entre si um joguinho de sedução, desprezo e ciúme, até que ficam juntos, mas o pai da moça não permite a relação.
Eu não me lembro exatamente porque, mas Julien volta para sua antiga cidade e durante a missa, dá um tiro na Sra. Rênel, que sobrevive, e ainda o ama. Mas agora ele está condenado e, enquanto aguarda o julgamento, descobre que também a ama. Ela passa a visitá-lo na prisão, e mutios tentam impedir sua senteça de morte, mas final é tragico, Julien é decapitado, Sra. Rênel morre de trizteza, e Mathilde transforma seu sepulcro em um santuário todo decorado com lindas estátuas italianas.

Já vi pela Internet afora que esse é um livro cheio de simbolismos – a começar pelo próprio nome – e de questões a serem analisadas, de criticas ao materialismo parisience e a uma sociedade vazia de ética e sentido, porém, como eu ja disse antes, não sou expert em literatura e acabo me atendo apenas a história mesmo e nesse caso, gostei muito. Gostei da história e dos personagens, apesar de as vezes me irritar um pouco com Julien.

Um livro que li há um tempão e que, apesar de não lembrar exatamente de alguns detalhes, eu recomento, porque realmente gostei.

Mais uma dica...
Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Argumentos...

Essa é uma forma de se argumentar acerca da existência de Deus

“O filósofo e teólogo americano J. P. Moreland, em seu debate com o ateísta Kai Nielson, afirmou que os cientistas estão descobrindo que o universo é uma harmonia delicadamente afinada e equilibrada de constantes fundamentais ou singularidades cósmicas... Na formação do universo, o equilíbrio entre matéria e anti-matéria tinha que ter uma precisão de uma parte em dez bilhões para que o universo pudesse até mesmo surgir... Também não haveria nenhum universo capaz de sustentar a vida se a taxa de expansão do Big Bang tivesse sido um bilionésimo por cento maior ou menor. Além do mais, a possibilidade da vida surgir espontaneamente foi calculada pelo astrônomo Fred Hoyle, de Cambridge, como sendo de uma em 1040, o que Hoyle compara com a probabilidade de um tornado passar por um depósito de lixo e formar um Boeing 747. Os cientistas identificaram 109 características de nossa galáxia e sistema solar, que exigem excelente sintonia fina para a existência da vida e sustento.” Fonte

Essa é outra, e é a minha preferida:























Para mim, a beleza é o argumento incontestável!!
Beijos e boa noite.
Fefa Rodrigues

O Xangô de Baker Street – Jô Soares

Já comenti aqui sobre as outras duas obras famosas do Jô, O Homem que matou Getúlio Vargas – muito bom, e Assassinato na Academia Brasileira de Letras – mais ou menos. Essa semana estava lendo uma matéria no site da BBC sobre Jack o Estripador e me lembrei desse livro do Jô. Não vou dizer a razão, porque se alguém pretende ler o livro, é bom ficar no suspense e esse é um livro que vale a pena, tão bom quanto O Homem que matou Getúlio Vargas, segue o mesmo estilo, unindo personagens reais e ficticios em situações reais e outras impensáveis. O livro é realmente muito engraçado e mais uma ótima sacada do autor.

Imagem do Google, porque quando li era emprestado!!
A história se passa no ano de 1886, época em que o Rio de Janeiro era a corte e capital do Brasil (o que já deixou de ser faz tempo, mas ainda tem muito gringo achando que a Dilma governa sob a sombra do Cristo Redentor). Após a apresentação de Sarah Bernhardt, um de seus maiores fãs, o imperador Dom Pedro II, acaba lhe contando um segredo que o atormenta, um valioso presente seu dado à baronesa Maria Luíza, desaparecera misteriosamente, um violino Stradivarius, ao que a diva francesa sugere que o imperador convide ninguém menos que mais famoso detetive de todos os tempos, Sherlock Holmes para investigar o caso, com seu método inovador e imbatível. O detetive, então, aceita o convite e segue para o Brasil.

Mas, ao mesmo tempo, em que esse roubo segue investigado em segredo, o assassinato de uma prostituta choca a cidade. O assassino, além de decepar as orelhas, colocou uma corda de violino em um ponto, digamos assim, estratégico do corpo da vítima. Enquanto o delegado Mello Pimenta investiga o assassinato, o detetive Holmes e seu fiel escudeiro Dr. Watson chegam ao Rio de Janeiro para conhecer suas maravilhas e entre feijoadas, caipirinhas, vatapás, pais de santos e belas mulatas a investigção se desenrola, tendo como pano de fundo a boemia carioca e seus personagens mais famosos.

Juntos, delegado Mello Pimenta, Holms e Dr. Watson vão percorrer as famosas ruas do Rio, os bares e hotéis de luxo e também os lugares populares... uma viagem no tempo... Eu adoro essa forma do Jô escrever, juntando fatos e personagens reais e ficticios de forma divertida e criativa, e os livros dele são todos comédias, sempre muito engraçados, vale bastante ler!!!

O Xangô acabou virando filme, divertido... mas não tão bom quanto o livro, claro!!!

Mais uma dica...
Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A História da Humanidade – Hendrik Willem Van Loon

Já comentei em outras postagens que história é mais uma de minhas paixões, especialmente história da Idade Média e II Guerra Mundial. Apesar disso, não tenho muitos livros de história e acabo me detendo mais nos romances históricos que, para mim, também são uma ótima fonte de conhecimento, especialmente os do Bernard Cornwell.


Conhecedor dessa minha paixão, um grande lá do trabalho me recomendou A História da Humanidade, livro que, segundo ele, foi comprado meio sem querer, quando ele olhava as prateleiras de uma livraria no shopping, escolheu ao acaso, sem sequer conhecer autor ou obra. Ele me falou tanto do livro que esperei acabar a última parcela do cartão Saraiva do meu cunhado, que, diga-se de passagem, era minha compra de Pilares da Terra, e pedi a encomenda. Estranhamente, porque nunca demorou mais que 3 dias para chegar qualquer dos livros que comprei pela Internet, esse levou 10 dias – a previsão do site era de 18 dias. Achei estranho, mas beleza, ele chegou!!

E agora minha opinião. Ainda estou na página 33, ouvindo um pouco mais da história dos Sumérios mas já percebi que não foi exagero do meu amigo, o livro é bom mesmo!! E eu disse ouvindo propositadamente, porque ler esse livro realmente dá a sensação de que você está ouvindo alguém contar uma história, a história da humanidade.

Ele é bem diferente do Uma Breve História da Humanidade e de Uma Breve História do Século XX de Geofrey Blaney, livros de história que fizerem bastante sucesso e que eu também gostei, são bons mas, como o próprio nome já diz, são realmente breves já que são praticamente resumos dos principais acontecimentos, além disso a linguagem também é outro ponto distintivo. Não sei se vou me fazer entender, já tentei explicar isso para alguns amigos meus, para mim, tem certos professores que são extremamente técnicos e que dão aulas ótimas, mas tem outros professores que possuem algo mais que técnica, é como se quando eles falassem não estivessem falando de direito – isso no meu caso – mas sim declamando uma poesia. Na boca desses professores direito e poesia são o mesmo.


Acho que um dos grandes exemplos é  professores Dalmo Dallari. Eu nunca tive aula com ele, mas o amigo do início dessa história teve e ele confirma minha tese (risos), além disso, já vi aulas desse homem excepcional pela internet, e são aulas que vão além da mente, tocam o coração.

Isso me faz lembrar um texto do Rubem Alves que eu li já faz muito tempo, ele comentava uma gravura de um artista mexicano, se não me engano, na qual um mestre velho e de pele amarelada entregava a um formando o diploma que era na verdade um feto morto e usava essa imagem para criticar alguns métodos de ensino, especialmente o forma que se estuda literatura.

Alguns professores, como Dalmo Dallari, fazem o conhecimento aflorar no nosso peito e chega até dar aquela leve falta de ar!!

Falei tudo isso porque eu acredito que o mesmo acontece no caso deste livro. Como disse acima, é um livro de história, não é um romance histórico, mas a gente lê como se fosse um romance e não como um livro técnico. Ele não aponta datas e acontecimentos pontuais, ele narra a evolução das coisas. O Sr. Hendrik escreve com doçura e se eu fosse professora de história substituiria qualquer livro didático por esse livro ai! Deve ter sido um privilégio conhecer esse professor por quem você se apaixona logo no prefácio.


Ah, e se você for ler, prepare um grifa texto, porque com certeza vai ter muito o que grifar nesse livro que é para se ler e reler várias e várias vezes durante a vida!!!

Para quem ama história, ai uma oportunidade de conhecer mais do assunto de uma forma deliciosa!!

Beijos e ótima leitura!
Fefa Rodrigues

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Os Três Mosqueteiros – Alexandre Dumas

Tá ai mais um livro que me decepcionou. Na minha lista “livros que tenho que ler antes de morrer” por um bom tempo, comprei num dia de calor quando ganhei R$ 50,00 da mamyz... corri para a livraria escolher mais uma obra para a minha então incipiente biblioteca. Depois de muito vasculhar as prateleiras da já extinta Contos e Encontros, numa época em que ainda não conhecia Cornwell, me deparei com Os Três Mosqueteiros. Toda a minha indecisão foi embora imediatamente e ele veio para casa comigo.


Comecei a ler imediatamente. Hum... de cara já não gostei muito da linguagem, mas tudo bem, só queria conhecer Atos, Portus, Aramis e, é claro, Dartanhan, que, para quem não leu o livro ou inda não conhece a história, a princípio, não era um mosqueteiro, coisa que enfim eu fui entender, já que nunca compreendia porque se eles são quatro o livro levava no título só três mosqueteiros, e não demorou muito para que eu fosse apresentada a eles.

Ah, sei lá... achei a história meio truncada, não me simpatizei com os personagens, acho que esperava demais do livro, além disso o livro tem algumas notas de rodapé porque o Dumas dá umas viajadas e acaba se contradizendo em alguns pontos e quando fiz esse último comentário me disseram “poxa, também dá um desconto né, imagina como era escrever um livro antes dos computadores existirem, ele tem direito de errar”... concordo que ele tem direito de errar, mas não vi esse tipo de erro em Guerra e Paz ou Os Miseráveis... ai! Acho que peguei implicância!!!!

Concluindo, o livro é um clássico mas preferi as versões para o cinema, além do mais, gosto de heróis honrados como Thomas de Hookton, Nick Hook, Derfel, Uhtred, não sou muito chegada em um bando de beberrões sem princípios... então acho que foi ai que “meu santo não bateu com o santo deles”.

É estranho falar mal de um clássico, parece que estou cometendo um pecado mortal, me senti assim também quando comentei O Processo e O Retrato de Dorian Gray, mas o que posso fazer, não gostei!!!:o(

Beijinhos!!!
Fefa Rodrigues

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Os Templários – Piers Paul Read

Os Cavaleiros Templários, a ordem mais poderosa e rica da época das Cruzadas é um tema fascinante para muita gente até hoje. Muito antes do Dan Brown mencionar essa ordem no Código da Vinci, esse já era um assunto que me intrigava. Fã de Idade Média que sou, tudo que remete a cavaleiros, realeza, nobreza e batalhas me interessa, e não seria diferente com essa ordem envolta em tanto mistério.



Daí que para saber um pouco mais sobre o assunto, comprei esse livro que não é um romance, sim um livro histórico que narra tudo que se passou desde que os nove cavaleiros fizeram seus votos e se tornaram os Cavaleiros do Templo, com a finalidade de proteger os peregrinos no caminho até a Terra Santa, até a fatídica sexta-feira treze quando toda a ordem foi destruída e seus lideres foram presos, torturados e mortos nas fogueira (reforçando a idéia de que sexta-feira 13 é dia de azar).

O livro é muito interessante. É histórico sem ser massante, conta detalhes sem ser chato. A primeira parte conta bastante sobre o Templo de Salomão, cujas ruínas serviram de abrigo aos cavaleiros no início de sua existência – e onde, segundo a lenda, eles teriam encontrando um grande tesouro, tipo, a Arca da Aliança.

A segunda parte fala sobre a formação da ordem, sobre sua influencia na palestina, tem um capítulo dedicado à Saladino – e legal que eu me lembro que no filme Cruzadas tem uma cena repetida de forma idêntica ao do livro, que, por sua vez, segundo o autor, reconta o que aconteceu exatamente de acordo com documentos da época –, outro capítulo dedicado a Ricardo Coração de Leão e, ainda, nos capítulos seguintes, sobre Frederico de Hohenstaufen e Luís da França.

A terceira e última parte conta sobre a destruição da ordem. Parte triste, bem ao espírito medieval, cheio de torturas e fogueiras.

O livro traz, ainda, fotos dos castelos que pertenceram à ordem, gravuras de cavaleiros, e outras imagens.


A foto não ficou muito legal, mas eu tenho um fascínio por esse selo (ou será uma moeda?), não sei dizer porque. São dois cavaleiros dividindo o mesmo cavalo. Alguém sabe se há algum lugar no mundo onde um desses esteja exposto? Gostaria muito de ver um ao vivo!!!

Bom, fica ai mais uma dica, não é um romance, mas vale a penas ler!!!

Beijos e boa leitura...
Fefa Rodrigues

Como gostei de todas as fotos, acrescentei mais esta!!