sexta-feira, 20 de abril de 2012

Cinco livros para a vida toda!!

A minha querida amiga Orquidea sugeriu que eu convidasse todos os frequentadores do blog a listar quais os cinco livros que cada um gostaria de ler e reler pela vida toda... então, se você tivesse que escolher apenas cinco livros para levar com você pelo resto da vida, quais você escolheria??

A minha lista seria essa:

1. Cem Anos de Solidão - Gabriel Garcia Marques
2. Do Amor e outros demônios - Gabriel Garcia Marques
3. A Sombra do Vento - Zafon
4. Os Miseráveis - Vitor Hugo
5. A Busca do Graal - Bernard Cornwell (tudo bem que aqui são três livros, então a soma sobe para 7 livros... mas vou considerar a série como um só!!!)




Desta lista, os três primeiros, eu já lis várias e várias vezes... e com certeza lerei outras tantas vezes... então, estes seriam os cinco que carregaria comigo para sempre... e para você, quais seriam os cinco livros para a vida toda???

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O Condenado - Bernard Cornwell

Mais um livro desse que é um dos melhores escritores que eu conheço e, outra vez, não decepcionou!!! O único defeito é que poderia ser mais longo, porque os personagens são ótimos... é uma pena que tenhamos apenas 318 páginas de sua companhia.

O livro conta a história do capitão Sandmam, um ex-oficial do exército, que após a Batalha de Waterloo volta para casa agora, mas agora com sua rica família em desgraça, já que seu pai, depois de perder toda a fortuna da família, se matou e deixou, além de todas as dívidas a serem pagas, uma a filha e uma esposa sob a responsabilidade do capitão que, para mentâ-las, "vende" sua patente no exército e com o dinheiro instala mãe e irmã no campo, enquanto vai para Londres tentar arranjar a vida.


Mas Sandmam é ex-soldado, nunca foi treinado para outro ofício, então só lhe resta ganhar alguns trocados como jogador de críquete. No desenrolar da história, também ficamos sabendo que o capitão era noivo de uma rica herdeira, Eleanor, por quem ele é apaixonado, mas que, ao ficar pobre, teve o compromisso rompido. Acontece que ele ainda gosta dela, e ela também gosta dele.

Tentando sobreviver em Londre, Sandmam passa a viver em uma taverna da pior espécie, onde conhece Sally, uma garota linda e esperta, que vai ser uma de suas aliadas na aventura que está por vir, quando o capitão é contratado para rever um caso de assassinato. Acontece que ele tem apenas uma semana para descobrir quem é o verdadeiro assassino da Condessa de Averbury, antes que o suposto assassino, Corday, seja levado ao cadafalso.

Sandmam, apesar dos pesares, é um homem justo e honrado, que a princípio deveria apenas conseguir uma confissão confirmando a culpa de Corday, e com ganhar em um dia o pagamento de um mês, mas, após a primeira conversa com o pobre pintor condenado, ele percebe que há algo errado com aquela condeção e não vai aceitar uma injustiça. A partir daí, Sandmam começa a investigar o assassinato, envolvendo um misterioso clube de lordes - Clube Serafins - e seus ricos e poderosos membros.

Não vou contar mais, pois como disse, a história não é longa, mas é muito legal, e tem até uma participação especial do Robin Hood. Mais uma vez aconselho a leitura, vale a pena e queria mesmo é que a história tivesse uma continuação!!!

Este foi mais um livro que li em conjunto com a amiga Orquidea, e estou considerando uma experiência bem legal... acho que é a essencia daqules "clubes do livro" que vemos nos filmes norte-americanos... é muito bom ir trocando impressões durante a leitura, com alguém que também está lendo a mesma obra (Orquidea: espero que possamos continuar fazendo isso... você precisa sugerir alguma outroa leitura!!!).
Agora, decidi ler A Menina que Roubava Livros, já que é um livro que foi muito comentado e que, não sei porque, até agora não tinha me interessado... mas como não dormi nada durante essa noite, resolvi pegá-lo pra ler... enquanto isso aguardo a chegada de O Cemitério de Praga!!!

Beijos e boa leitura;
Fefa Rodrigues.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

As Esganadas – Jô Soares

Logo que vi que o Jô havia lançado mais um livro – As Esganadas, fiquei super interessada. Encontrei o livro por R$ 19,90 no Submarino e claro que comprei na hora. Li rapidinho, cinco ou seis dias, aproveitando o feriado prolongado - adoro ler até não aguentar ficar com os olhos abertos, e pude fazer isso neste fim de semana!!

Este livro segue a mesma receita de O Xangô de Baker Street e de Assassinato na Academia Brasileira de Letras, mas não como faz o Dan Brown. O Jô, assim como o Zafon, usa os mesmos ingrediente neste três livros – ambientação histórica, um serial killer e personagens  que fazem um certo tipo –  mas o sabor é completamente diferente em cada um deles!!

A história narra uma série de assassinatos, que se passam no charmoso Rio de Janeiro dos anos 30, durante o Estado Novo, rodeados de personagens e acontecimentos reais como o famigerado Filinto Muller e Getúlio Vargas, a tentativa de golpe integralista e a participação do Brasil na Copa de 38, sempre tendo como pano de fundo os lugares mais famosos da cidade maravilhosa, além dos ecos dos acontecimentos na Europa que chegam até o Brasil.

O traço comum das vítimas assassinadas é que todas elas são extremamente obesas, fora isso, nada liga as pobres mulheres que são mortas por asfixia, já que são obrigadas a comer quantias enormes de refinados pratos portugueses, motivo pelo qual a imprensa pelida a série de assassinatos de O Caso das Esganadas. Mas, para o leitor, não há mistério sobre quem é o assassino, já que, logo no primeiro capítulo, somos apresentados à Caronte o rico dono da funerária Estige - Jô e seu delicioso sarcasmo – a maior empresa funerária da América do Sul.

A loucura de Caronte, um homem extremamente magro e apaixonado por música clássica vem de sua relação doentia com sua mãe – a quem o maluco também matou, uma mulher extremamente gorda que criou seu filho de forma rigorosa e que, além de não deixá-lo comer os deliciosos quitutes que ela fazia, já que não queria que ele também fosse gordo, o proibiu de realizar seu sonho de tornar-se músico. Caronte quer se vingar de sua mãe em cada mulher gorda que ele encontra.

Investigando o caso, o quarteto formado pelo delegado Noronha e por seu ajudante Vavá Calixto, por Tobias Esteves, ex-oficial de polícia de Lisboa, a quem o próprio Fernando Pessoa dedicou um de seus poemas – O Esteves sem metafisica –, e que, depois de afastado do cargo após se envolver em um falso suicídio, vem ao Brasil onde se torna um rico empresário, proprietário da rede de restaurantes Regalo Luso e, para completar o time, a bela jornalista Diana – a química entre estes personagens é ótima.

O legal dos personagens do Jô é que eles são como os personagens que ele criava para TV, são um “tipo”, então fica muito fácil imaginar seus trejeitos, sua forma de falar e sua aparência, e neste livro em especial, eu me afeiçoei bastante aos personagens. Alíás, apesar de eu ainda achar que O Homem que Matou Getúlio Vargas é o melhor dos livros do Jô, os personagens desta trama foram meus favoritos dentre os personagens que de seus livros.

Outra coisa é que, mesmo a gente sabendo quem é o assassino desde a primeira página, o livro não perde a graça e o suspense fica sempre no ar. Um livro, muito legal, bem divertido mesmo... certeza de muitas risadas!!

Ah, só uma coisa, outro dia me disseram assim “pra você todos os livros são muito bons”, numa imitação e critica ao meu jeito de falar, então, me lembrei do que eu disse para o Nerito semana passada e de algo que eu já falei aqui. Bem, eu não sou especialista em literatura, não sou formada em letras, alíás, diga-se de passagem, sou advogada, mas eu AMO ler, eu gosto dos livros e é claro que um ou outro não me agradam totalmente mas, via de regra, eu falo bem de todos os livros que leio, mesmo porque, tento não ser critica demais com estes que são, quase sempre, meus únicos companheiros durante a semana!!! Então, eu só vou falar que não gostei de um livro e que não vale a pena ler, quando eu não encontrar nada que valha a pena nele...

Então, fica mais uma dica...

Beijos e boa leitura.
Fefa Rodrigues

PS: agora estou lendo O Condenado, do meu querido Bernard Cornwell!!!


segunda-feira, 2 de abril de 2012

O Discurso Secreto - Tom Rob Smith


Engraçado algumas memórias que a gente guarda, não é? Me lembro tão bem de uma certa vez, eu ouvi minha irmã mais velha falando com a minha mãe sobre algo que a professora de literatura dela havia dito em sala depois de terem lido Memórias Póstumas de Braz Cubas. A tal professora havia dito que o mais importante de se ler um romance, um livro, era seu poder de despertar nosso interesse para os assuntos sobre os quais ele trata, um livro é, na verdade, uma porta que se abre para mais conhecimento.

 
Concordo com o que disse a tal professora há tantos e tantos anos. Eu também já disse antes que, para mim, parece mais fácil aprender sobre história a partir dos romances históricos que eu leio. E assim é que lendo O Discurso Secreto eu percebi que, fora um ou outro documentário que assisti, não sei muito sobre a fase em que a Rússia tornou-se a União Soviética e em que o culto a Stalin e a devoção ao Estado faziam o medo tomar conta da vida das pessoas.

Parece ser uma constante essa situação de, para estar “bem” com o poder dominante, a denuncia de vizinhos e amigos fossem uma realidade. Já li sobre isto durante a Inquisição, durante o Nazismo e agora percebi que esta também era uma realidade durante o comunismo na União Soviética.  

Quanto ao livro, ele narra à história de Liev, um ex-agente da MGB, organização que deu origem à KGB, que depois de anos trabalhando na polícia política, busca uma vida longe das prisões arbitrárias e da violência que era empregada pelo regime contra aqueles que eventualmente não simpatizassem com o regime comunista ou que, mesmo inocentes, eram denunciados e, sob tortura, acabam por confessar qualquer coisa.

Agora, trabalhando num departamento que investiga homicídios, Liev começa a investigar as mortes de seus antigos colegas de trabalho, ao mesmo tempo em que tudo aquilo em que os russos foram obrigados a acreditar, começa a ruir à medida que o discurso de Nikita Kruschov proferido no 20º Congresso Internacional do Partido Comunista, reconhecendo os excessos cometidos durante os anos do culto à Stalin, vai se disseminando pelo país.

Aos poucos, vamos percebendo que os crimes estão ligados a um caso em que Liev participou, durante seu passado na MGB e que agora, sob uma nova ordem que parece nascer, volta para cobra seu preço e Liev tem que acertar sua dívida com o passado para salvar sua própria família.

A história tem um ritimo deliciosos, e a cada página a idéias de mocinhos bandidos se confunde e quando parece que tudo segue em um sentido, as coisas mudam completamente, quando parece que a gente já sabe o que vai acontecer, toda emoção e mistério se renovam. Amei o livro!


No início, me lembrou Queda de Gigantes pela forma como a história é narrada! Adorei o modo como o autor nos apresenta àquela realidade sofrida vivida pelo povo russo durante o auge do governo de Stálin. É um daqueles livros que a gente tem que se obrigar a parar de ler, senão passa a madrugada toda com os olhos grudados nas suas páginas. Tem um ritmo intenso de suspense, e personagens apaixonantes.
  
Ah! Este foi o primeiro livro que eu li em conjunto com uma amiga que conheci aqui no blog, a Orquídea!!! Foi uma experiência interessante e é sempre bom ter alguém para conversar sobre o livro e trocar opiniões já durante a leitura!!!

Este eu super indico!!!

Eu gostei tanto do escritor e do livro que até ia emendar a leitura de Criança 44, mas pensei melhor e minha próxima leitura será As Esganadas, do Jô Soares, para rir um pouco depois de tanto sofrimento!!!

Beijos e boa leitura...
Fefa Rodrigues