Detalhe da Capa - presente da maninha!! |
Já falei sobre O Amor nos Tempos do Cólera que é um “Tratado sobre o Amor”, uma história linda sobre o amor de Floriano e Fermina que durou a vida toda a atravessou todas as barreiras possíveis. Do mesmo autor, já falei sobre Cem Anos de Solidão que, apesar de não ter o amor como foco central da história, como não poderia deixar de ser, tem vários pequenos casos de amor entre os personagens...
É, acho que dá pra gente dizer que o Gabo entende do assunto e outro romance dele que fala sobre amor de uma forma diferente e especial é Memória de Minhas Putas Tristes.
O nome causa certa estranheza, minha mãe ficou um pouco horrorizada quando recebi o livro de presente da irmã no meu aniversário, mas a história, apesar do título, é pura!!! Verdade!
O livro conta a história de um homem boêmio e orgulhoso de sua solterice que, no dia do seu aniversário de 90 anos resolve recorrer aos préstimos de Rosa Cabarcas, dona de uma casa clandestina, em busca de uma noite de amor com uma jovem.
Antes de ler a obra, tinha ouvido comentários acusando o livro de ter uma certeza tendência à pedofilia, afinal amor entre um velho de 90 anos e uma jovem virgem não é algo comum, mas tinha certeza de que um escritor como Gabriel Garcia Marques jamais macularia uma história de amor com algo do tipo... sabia que seria uma história bonita.
E não me decepcionei, já que o amor que surge entre o senhor de 90 anos e a rapariga não tem nada de erótico. Trata-se de um amor que vem pelo cuidado, pela preocupação e pela companhia, sem nenhum toque, sem que a garota sequer tenha visto o velho, um amor que nasce da esperança que se tem quando se encontra alguém por quem viver e quando a vida passa, enfim, a ter sentido... mesmo que você tenha 90 anos de idade! E que pode transformar a vida de qualquer um!
É um daqueles livros que você lê com um suspiro no peito e quando termina parece que o dia está mais bonito!
Para despertar curiosidade e vontade de ler, dessa vez não vou colocar a primeira frase do livro, vou colocar a última...
“Era enfim a vida real, com meu coração a salvo, e condenado a morrer de bom amor na agonia feliz de qualquer dias depois do meus cem anos.”
Beijos e boa leitura!
Fefa Rodrigues
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