Já falei algumas vezes dos livros do Bernard Cornwell aqui, na minha opinião, um dos melhores escritores da atualidade. A maioria dos livros dele se passam na Idade Média, com guerreiros honrados e a sempre presente tensão entre o cristianismo e o paganismo, durante episódios marcantes da história da Inglaterra. Por mim, todos eles deveriam virar séries para a TV, porque são ótimos.
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Mas, o livro que vou comentar hoje sai um pouco desse ambiente. Acho que todo mundo sabe Stonehenge é aquele conjunto de pedras que formam um circulo construído há mais de 4 mil anos nas planícies de Salisbury, e que até hoje ninguém sabe ao certo sua origem.
Templo druida, calendário celta, construção grega ou sabe-se lá o que, aquelas pedras são um enigma tão complexo quanto as pirâmides egípcias e Bernard Cornwell, nessa obra, se propõe a imaginar sua origem e, claro, a vida e as relações das pessoas a sua volta.
Tudo começa quando um estranho chega à tribo de Rhatarryn, carregando com ele uma grande quantidade de losangos de ouro, a beira da morte, a riqueza é tomada pelo chefe da tribo, mas aquele ouro vai influenciar de maneiras diferentes a vida e o futuro de seus três filhos.
Lengar é o mais velho e ambicioso e que vê naquela riqueza uma forma de dominar as tribos vizinhas. Descontente com a decisão de seu pai, de devolver o ouro ritual à distante tribo a quem pertence, o primogênito desafia o pai e acaba banido da tribo.
Camaban, o segundo filho é aleijado e por isso vive às margens da tribo. Mistico e visionário, o menino se torna um grande feiticeiro que acredita ter entendido as razões para a dor e o sofrimento da humanidade – a separação entre o deus Sol e a deusa Lua, e apenas a união dos dois deuses poderá trazer a paz aos homens, o que ele pretende fazer construindo um grande templo para atrair os deuses de volta.
Mas é nas mãos do filho mais novo Saban, um homem de paz e cheio e habilidades, que está o poder para construir o templo. Apaixonado por Aureanna, a noiva de Eike, o deus sol, a quem está reservado o destino de morrer e se tornar esposa do deus, Saban irá cumprir seu destino ao lado do irmão Camaban, mas o retorno de Lengar pode trazer ainda mais sofrimento à sua tribo.
É uma história diferente, ambientada em uma época tão distante e tão desconhecida, bem distinto dos demais livros de Bernard Cornwell, mas com a mesma qualidade. Vale a pena ler mesmo! Gostei bastante...
Fica ai a dica para uma leitura original... sem contar que Stonehenge é realmente um mistério intrigante e uma história sobre sua construção, na visão do Cornwell, não tem como não agradar !!!
Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues
Um comentário:
Apoiado! Séries baseadas em Bernard Coenwell! Ou melhor, mais séries, já que Sharpe virou série na Inglaterra, com o Sean Bean no papael principal:) E Fefa, descobri recentemente que Azincourt vai virar filme! Já estou louca pra ver! Meu sinho é ver As Crônicas de Artur na telinha...
Beijos,
Fê
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