segunda-feira, 20 de junho de 2011

O Refúgio Secreto – Corrie tem Boom

Voltando ao tema de livros ambientados na II Guerra, O Refugio Secreto é um daqueles livros que marcam a vida da gente. Li ele quando tinha 17 anos, nos intervalos entre as aulas do colégio.

A história se passa na Holanda, durante a ocupação nazista, mas a autora conta alguns episódios de sua infância, como quando ia com seu pai relojoeiro, uma vez por mês até a capital para que ele acertasse seu relógio.

Corrie não era judia, era protestante, mas, durante a guerra ela e sua família escolheram se importar. Se importar com a dor alheia e não aceitar a ordem estabelecida. Escolheram se arriscar pelo que era certo. E foi assim que ela e sua família passaram a esconder, em um compartimento secreto construído em sua casa, judeus, membros da resistência holandesa e outros perseguidos pelos nazistas.

Mas, suas atividades acabam sendo descobertas e ela, sua irmã e o pai são levados a um campo de concentração. Então, foi a primeira vez que li sobre os campos de concentração na literatura. Corrie, já uma senhora, sofre toda a humilhação e brutalidade do campo de concentração, mas mantém sua fé. Ela relata como, por milagre, conseguiu levar sua bíblia para o campo. Ela narra outras coisas tristes como a morte da irmã na enfermaria do campo de conentração. Ela sobreviviu e conseguiu viver mesmo depois de todo aquele horror!

Eu não consigo entender a força das pessoas que sobreviveram aos Campos de Concentração. Não sei como elas conseguiram se agarrar à vida, como elas conseguiram persistir diante de um dos maiores horrores que a humanidade pôde criar. As vezes, quando algo não dá certo, não sai do jeito que eu queria, já me encho de desanimo... quantas vezes pensei em desistir... e se eu estivesse em um lugar como aquele, será que eu resistiria? Não sei, não tenho tanta fé em mim.

Corrie sofreu, viu sua irmã morrer, viu seu pai morrer, mas sobreviveu e mais do que isso superou, a ponto de, muitos anos depois, ao encontrar um dos saldados nazistas, estender suas mãos e o perdoar.

Como já comentei quando falei sobre O Diário de Anne Frank, acredito que é possível se aprender muito com a literatura e este livro me ensinou duas lições... primeiro, que eu não devo me conformar com as coisas que são erradas, mesmo que elas estejam legitimadas por uma lei, e segundo, que mesmo ante a maior dor que alguém pode sofrer, é possível recomeçar com doçura.

Como já disse acima, não sei se teria forças para isso, mas estas lições são objetivos para serem buscados dia-a-dia...

Recomendo o livro!! Vale a pena!!!

Beijos e boa leitura.
Fefa Rodrigues

2 comentários:

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Fefa!

Eu não li esse livro, mas concordo com você. Não sei como essas pessoas conseguem encontrar forças para perdoar...Admiro muito isso, especialmente porque se fosse comigo, eu não sei se conseguiria.

Beijos!

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Fefa,

só para complementar a minha resposta ao seu comentário sobre os bvampiros, gfica ainda mais fácil quando você imagina um certo príncipe narniano bem sarado como um deles;D

Beijos!