Cem Anos de Solidão – Gabriel Garcia Márquez
Eu tenho um caso de amor com essa obra que descobri sem querer durante uma conversa sussurrada na biblioteca da faculdade, quando ainda estava no 1º ano de direito.
Naquele mesmo ano li a obra duas vezes, a primeira assim que descobri sua existência e a segunda a pedido do professor de Ciências Políticas e, desde então, já somei 5 releituras!
Meu exemplar, emprestado e não devolvido :õ( |
Então, você deve estar se perguntando o que a obra, que valeu ao autor o Prêmio Nobel de Literatura, tem de tão especial...
Para mim, a resposta é simples, pois o que mais me chama atenção neste livro e em todos os outros do autor, é a forma como ele retrata o absurdo da existência humana sempre em meio a acontecimentos fantásticos... aliás, os experts no assunto classificam seus escritos como “Realismo Fantástico”... eu, em minha falta de conhecimento técnico, defino como Sensacional!
Engraçado que muita gente pra quem eu falo dessa obra se assusta com seu nome. Solidão, muitas vezes, não é algo que agrada, ainda mais se ela durar cem anos!
O livro conta a saga da família Buendia, desde seu patriarca José Arcádio Buendia, passando por seus filhos, netos e bisnetos, da fundação da cidade de Macondo, até o seu fim, quando seu último descendente, enfim, decifra um manuscrito que previa o destino de sua família.
A história é contada a partir dos encontros e desencontros dos membros dessa família e de outros personagens fantásticos, como Maurício da Babilônia, que é sempre seguido por borboleta amarelas, Fernanda, a mulher mais bela que já se teve notícia mas extremamente religiosa, o que atrapalha o bom andamento de seu casamento, Rebeca e a morte misteriosa de seu marido além de acontecimentos inusitados como uma chuva que dura tantos anos a ponto de alagar toda a cidade e fazer os mortos saírem de suas sepulturas, a perda de memória de toda a população da cidade, um comboio carregado com cadáveres, um padre que levita quando toma chocolate quente, e a morte de todos os descendentes do Coronel Aureliano Buendia que ficaram marcados para sempre com a cruz feita em suas testas no dia do batizado, dentre outras situações...
Um livro sem igual, e como bem destacou Ricardo Gondim em seu texto Um caso de Amor publicado na edição de junho/2011 da revista Ultimato:
“Mundos fantásticos, como o de Gabriel Garcia Márquez são criados para que possamos sonhar para além da realidade nua e crua. Essa capacidade de sonhar, tão comum entre os profetas, nos leva à inconformidade com o mundo do jeito que é. (...) Quem viu outra realidade, mesmo em sonho, passa a desejá-la.”
Pena que meu exemplar (aquele da foto) foi emprestado e não foi devolvido, agora minha biblioteca está defasada! :õ(
Fica ai mais uma dica de um ótimo livro... que como eu já disse aqui faz parte da minha categoria O Preferido!
Beijos e Boa leitura!
Fefa Rodrigues
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