Dan Brown é um fenômeno de vendas, não dá para negar, mas, quem já leu mais de um de seus livros já percebeu que, sem tirar os méritos de sua grande criatividade, ele sempre usa a mesma fórmula, e isso acontece, também, em O Símbolo Perdido , livro que eu ganhei de presente no natal de 2009 de um grande amigo, o Dudu.
Bem, vamos por partes... primeiro, tenho certeza de que grande parte dos fanáticos por leitura ficaram no mínimo intrigados quando souberam que Dan Brown estava lançando um novo livro e que, desta vez, a missão do Professor Langdon era nada menos que descobrir o grande segredo da maçonaria, coisa que grande parte da humanidade já tentou e que, até onde eu sei, ninguém conseguiu.
Eu sei, também, que muitas pessoas consideram a maçonaria um grupo de homens ricos que gostam de se reunir com roupas engraçadas para realizar rituais estranhos. Eu ainda prefiro manter uma visão romântica sobre o assunto, apesar de já ter visto centenas de programas na Discovery desmentindo qualquer ligação dos maçons com os Cavaleiros Templários, curto muito mais a idéia de que a Maçonaria é a continuidade daquela ordem que guarda, até hoje, um grande tesouro – seja um monte de ouro ou todo conhecimento da humanidade – garantindo que a luz do conhecimento guie os homens sobre a Terra.
Ou seja, quem gosta de leitura e simpatiza com a maçonaria ficou interessadíssimo no livro e esse foi meu caso!!! Prova disso é que, de tanto falar sobre o livro, acabei ganhando de um amigo de trabalho!!! :o)
Agora, quanto ao enredo, a receita é a de sempre. O professor Langdon é convidado para dar uma palestra em Washington, mas quando chega à cidade, descobre que não é exatamente para uma palestra que ele foi chamado, mas para ajudar um louco a descobrir o grande segredo da maçonaria que ele pretende revelar para o mundo e se Langdon não o ajudar, um de seus grandes amigos famoso maçom e ultra-milionário irá morrer... de pista em pista, deixadas pelos próprios maçons por toda a arquitetura da cidade durante sua construção, ele conta com a ajuda de uma linda cientista (para variar), enquanto os dois fogem da polícia e do maluco que quer usar seus conhecimentos e depois matá-lo, com um leve clima de romance entre o professor e a cientista (é sempre assim no Indiana Jones também, né!!).
Como nos outros livros, a história é repleta de acontecimentos mirabolantes, situações quase impossíveis e Brown usa todos os elementos dessa cidade que, como bem sabemos, foi toda construída a partir da simbologia da maçonaria, mas... especialmente em alguns detalhes, esse livro lembra bem uma novela mexicana.
Eu diria que é legalzinho... não dá para comparar com a seqüência de pistas e informações interligadas que ele conseguiu criar em O Código Da Vinci e, como a história acaba seguindo a mesma fórmula de seus outros livros, meio que perde a graça, além disso, acho que pela grandeza da lenda do segredo da Maçonaria dava para ele ter pensado em um segredo mais interessante escondido em um local mais adequado, mas tudo bem, dá para encarar a leitura, é que eu esperava algo mais tipo A Lenda do Tesouro Perdido, que por sinal eu amo e já assisti umas centenas de vezes.
Para mim, o mais legal desse livro foi aprender sobre o alfabeto maçônico que eu não conhecia e que eu usei na última Caça ao Tesouro que eu organizei e que foi a melhor de todas!!!
A grande questão é: eu indicaria a leitura? Hummmm... digamos que eu poderia indicar muitas outras coisas melhores, massssss.... se de repente você está sem nada em mãos para ler... só esse livro... ah! Leia... também não é tão ruim assim... só acho que não vão fazer um filme dele!!
Bem... fica ai minha opinião... respeitando sempre os pontos de vista diferentes!!!
Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues
2 comentários:
Na minha opinião Dan Brawn é um escritor que tem uma capacidade única de misturar factos reais com factos ficcionais. Gosto bastante dos seus livros, não é um dos meus autores preferidos,( longe disso) mas cada vez que lança um novo livro, gosto bastante de os ler. No entanto acho que está a ficar com um problema, os livros deles são sempre muito parecidos, os temas variam de livro para livro, mas o resto mantém-se. Quando Langdon estava a ser afogado pensei, é impossível ele morrer, certamente que está personagem vai fazer falta a outros livros de Brown.
Tiago, concordo com vc... tbm acho demais a forma como ele junta fatos reais e ficção, mas o problema é que é sempre no mesmo estilo... acho q ele poderia sempre usar o personagem Lamgdon, afinal, Sherlock Holmes tbm é sempre o mesmo né!!! Mas ele poderia variar um pouco aquele "esqueletão"...
:o)
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