sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Um Conto de Duas Cidades – Charles Dickens

Continuando a falar sobre clássicos, hoje vou indicar esse que é de um grande escritor, Charles Dickens. Apesar de sempre ter ouvido falar dele, só procurei  ler algo do autor depois que li, em algum lugar, que ele foi um dos escritores preferidos do C. S. Lewis e, para minha sorte, aquela senhora de quem eu já falei, que estava vendendo seus livros porque estava numa situação financeira complicada, tinha essa obra para vender. Mais um clássico que comprei por R$ 3,00 e estava no plástico.

A história que se passa ora em Paris ora em Londres retrata o período pré e pós Revolução Francesa. Primeiramente, as injustiças e a dura vida daqueles que não pertenciam a “estado algum” e que levaram à revolta e a derrubada do sistema vigente. Depois, a descrição do horror que tomou conta de Paris após a revolução, com a guilhotina brilhando ensangüentada todos os dias.

A história é contada a partir dos Manette, família francesa que, prevendo os acontecimento que se dariam, busca refúgio na Inglaterra. Apesar de nobre, o Dr. Manette havia sido um dos prisioneiros da Bastilha por 15 anos, durante o reinado de Luiz XVI. Quando tem inicio os acontecimentos na França, o marido da filha do Dr. Manette vai a Paris para tentar libertar um amigo que foi preso, mas ele também acaba preso, acusado de ter traído o país, já que vivera na Inglaterra por muito tempo e isso poderia levá-lo, claro, à guilhotina!

A família Manette, então, decide voltar à França para tentar libertar Charles e com isso acabamos conhecendo de forma precisa o período que ficou conhecido como O Terror e que me lembrou histórias da época da Inquisição, quando vizinhos denunciavam vizinhos, e o medo tomava conta das ruas, levando as pessoas a cometerem todo tipo de loucura para se proteger, mas o final é surpreendete e emocionante!!!
Gosto do livro porque ele me lembra, em muito, os dois clássico que eu amo – Guerra e Paz e Os Miseráveis -, não sei se para estudiosos de literatura eles tem alguma coisa em comum, mas para mim, eles tem em comum serem histórias que não seguem uma reta, ela dá voltas e voltas e quando você se dá conta, tem um romance inteiro e maravilhoso em frente de seus olhos. Situações que parecem não ter nenhuma relação com a história em si, acabam se mostrando essenciais para os principais acontecimentos.

Além disso, a escrita dele é maravilhosa!!



 
Interessante que sempre li sobre a Revolução Francesa como sendo um movimento da massa, do povo, mas, ao ler o livro A Constituição na Vida dos Povos, pude ver o movimento por outro ângulo. Ver como, após a queda da nobreza e de seus privilégios, a burguesia-liberal deixou de lado de seu lema a igualdade, pois a liberdade, em seus termos, já havia sido conquistada, especialmente a liberdade de garantir a propriedade privada a qualquer custo.

A igualdade, que antes flamulava na bandeira da revolução, quando da promulgação da Constituição Francesa, tornou-se apenas o direito de s verem seguidas as mesmas formalidades para todos, apenas uma igualdade formal. A Declaração de Direitos dos Homens, tão celebrada como fruto da revolução, apesar de fazer parte da Constituição Francesa promulgadas poucos anos depois, não se mostrou efetiva, ou seja, a Revolução Francesa é mais bonita nas aulas de história que nas aulas de direito e sua parte mais feia é bem retratada nessa obra!

Infelizmente nem a igualdade foi buscada, nem a razão, outro ideal que influenciou a Revolução Francesa, se fez sentir nos obscuros tempos que se seguiram à Revolução!!!

Mais uma obra que eu somo a Os Miseráveis, Guerra e Paz e Germinal como essencial!

Beijos, boa leitura e bom fim de semana super-mega-chuvoso ótimo para uma boa leitura!!!
Fefa Rodrigues

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi.Sou uma grande fã do seu blog.J a faz algum tempo que você postou sobre um conto de duas cidades,e eu estou louca pra encontrar esse livro,mas eu quero o que esta na foto do seu blog,procurei em varios lugares e não consegui encontrar.Será que você poderia me dizer onde o encontrou?

Fefa Rodrigues disse...

Olá... eu comprei este livro de uma amiga que estava vendendo sua "biblioteca", ela estava em dificuldades financeiras na época, e me vendeu por R$ 3,00... mas este meu livro é uma daquelas coleções que vendem em bancas de revistas, sabe? Que a Folha de São Paulo lança as vezes.... acho que vc vai encontrar um desses em um sebo... já tentou o Estante Virtual?
Bem, caso vc não encontre essa edição compre qualquer outra, o livro é muito bom, merece ser lido!!!

Espero que vc consiga encontrar!!!

Abraços
Fefa

Anônimo disse...

Qual a editora, ano e tradutor dessa edição de "um conto de duas cidades"que você postou no blog?

luancamboriubeach@yahoo.com.br