domingo, 30 de outubro de 2011

Hoje te convido para...

Fazer um inventário do que te faz feliz.

Dia desses estava lendo Um Mundo Num Grão de Areia do Rubem Alves - por indicação e empréstimo da Aline - e em um dos texto que compõem o livro, chamado Sobre o Sofrimento e Sobre a Felicidade, ele falava um pouco de como grande parte de nossas infelicidades decorrem de uma doença que acomete nossos olhos, a inveja, doença esta que nos leva a trabalhar mais para que possamos comprar todas aquelas coisas de que, como nos convenceram o especialistas em marketing, depende nossa felicidade.

Então, ele cita uma poesia do Brecht, na qual o escritor faz uma lista de todas as suas felicidades, assim mesmo, no plural. O texto lista os seguinte motivos que lhe davam:

“A primeira olhada pela janela de manhã.
O velho livro de novo encontrado.
Rostos entusiasmados.
O jornal.
O cão.
Tomar banho, nadar.
Velha música.
Sapato confortável.
Perceber.
Música nova.
Escrever, plantar.
Viajar.
Cantar.
Ser amigo.”

Hoje eu vou esquecer todas as coisas pelas quais eu tenho que trabalhar tanto e vou inventariar as coisas que já me fazem feliz, que são motivo certo para um sorriso e que, aconteça o que acontecer, continuarão lá por que não são compradas com o “ouro por que ele não entra no céu” como diz a letra da música!!!

Ai vai meu inventário de felicidades, porque felicidade tem que ser sempre no plural!!!

“Cheiro de chuva,
cheiro de flor de laranjeira,
cheiro de flor de quaresmeira.
Pôr-do-sol.
A voz do Davi.
O sorriso da Dani. O sorriso do Léo.
O tempo com meus irmãos.
Meu pai tocando violão.
Minha mãe falando das razões da sua fé.
Livros novos.
Livros velhos.
Museus.
Correr.
Escrever.
Noite de Natal. Dia de Aniversário.
Verão. Piscina.
Pizza. Risoto. Sorvete e pudim.”

Um ótimo exercício para que a gente se lembre que a maioria das coisas que realmente importam já estão aqui ao lado. E isso me lembra um pequeno trecho do Mário Quintana:

“Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
procede tal e qual o avozinho infeliz:
em vão, por toda parte, os óculos procura,
tendo-os na ponta do nariz.”

Boa semana que se inicia a todos!!!
Besos!!!
Fefa Rodrigues

8 comentários:

Samuel Medina (Nerito Samedi) disse...

Puxa, quero entrar na brincadeira. Acho que vai ser bom, principalmente neste período de tristeza que me acomete sempre que novembro chega...

Fefa Rodrigues disse...

Nerito... algum problema com novembro??

É mes do meu niver...;o/

Samuel Medina (Nerito Samedi) disse...

Também faço aniversário em novembro. É justamente nesse período que fico mais melancólico. E esse tempo de chuva deixa a gente ainda mais pensativo.

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Que lindo Fefa!

Adorei! Também adoro o cehiro de chuva (e terra molhada), escrever, sorvete, pizza, verão, água (do mar, piscina, rio)LIVROS, LIVROS e mais LIVROS!

E mais uma das mil coincidências entre a gente: meu pai também toca violão! E eu até sei os acordes básicos, mas como não treino, não toco direito. Eu queria voltar a tocvar, mas falta o tempo (e às vezes a alergia atrapalha).

Beijos!

Unknown disse...

Ai que lindo Fê... eu também...amo cheiro de chuva, ou seria da terra molhada..rs

Que toda essa felicidade esteja sempre com vc!

Bju

Anônimo disse...

Obrigada pelo texto. Por lembrar isto, tão importante. Que temos muitas coisas que nos deixa feliz.
Será que sou muito feliz hoje, porque tenho essas coisas aparentemente "bobas"? Ou porque, eu reconheço que essas coisas me fazem muuuuiito feliz? Sou feliz porque tenho e reconheço.
bj
Orquidea

Fefa Rodrigues disse...

Orquidea... acho q o segredo é esse mesmo... reconhecer o que se tem, mesmo que sejam apenas "coisas bobas"!!!;o)

Anônimo disse...

Oie Dona Fê...*direto da cidade alagada...
Bjinhos pra vc e um big sorriso...
Dani