terça-feira, 22 de novembro de 2011

O Dia do Curinga – Jointen Gaarder

Depois de alguns dias sem inspiração para escrever, me lembrei desse livro do mesmo autor de O Mundo de Sofia, que já lia faz bastante tempo, mais um dos empréstimos da Biblioteca da Uniso, escolhido por conta do autor!!

Antes de maiores comentários sobre a obra, tenho que confessar que, mesmo tendo gostado bastante das duas obras que li deste autor – O Mundo de Sofia e O Dia do Curinga – tenho certa dificuldade em digerir o que ele escreve e isso, com certeza, é culpa da minha falta de conhecimento sobre filosofia!! Por isso, enquanto lia essas obras, tinha a sensação de estar engolindo uma pedra!!

Este livro conta a história de Hans-Thomas, um garoto norueguês de 12 anos que, junto com seu pai, deixa a Noruega e parte em direção à Grécia - rumo ao conhecimento. Eles vão em busca de sua mãe que, há oito anos, abandonou a família para conseguir “se encontrar” e se tornou modelo. Os dois descobrem seu paradeiro após ver suas fotos em uma revista e decidem ir ao seu encontro para trazê-la de volta para casa.

Bem ao estilo O Mundo de Sofia, neste livro duas histórias vão sendo narradas ao mesmo tempo. O pano de fundo é a viagem de Hans e seu pai pela Europa e, durante esta viagem o garoto encontra um livrinho misterioso dentro de um pão doce comprado em uma de suas muitas paradas, o tal livrinho é escrito em letras minúsculas, mas que ele consegue ler porque, coincidentemente, naquela mesma cidade, ganhou de um anão que os atendeu num posto de gasolina, uma lupa que segundo ele tinha sido feita a partir de um pedaço de vidro que ele havia encontrado dentro de um cervo.

O pequeno livro narra à história de um naufrago e de seu baralho que ganha vida, enquanto ele sobrevive sozinho em uma ilha remota. Esta narração é permeada de mitos gregos e questionamento sobre a vida, o destino e a existência humana, o que vai influenciar as conversas entre o garoto e seu pai durante a viagem e vai ajudá-lo a encontrar o conhecimento. No fim, as histórias do garoto e do naufrago acabam se encontrando de uma forma surpreendente!!

O detalhe que mais gostei no livro foi o calendário que o autor criou para a ilha onde o naufrago está. Lá, cada ano possui treze meses que leva o nome das cartas – Valete, Reis, Às... – e tem 28 dias, de modo que a cada ano resta um dia fora dos meses, e este é O Dia do Curinga. Além disso, assim como as cartas do baralho são 52, a cada 52 anos encerra-se um ciclo ou uma era, o que é muito importante para os acontecimentos da ilha.

Outro ponto que eu gostei, foi o final, assim como aconteceu em O Mundo de Sofia, apesar de, algumas pessoas terem me dito que acharam, nos dois casos, o fim óbvio demais... para mim não foi!

O livro é enigmático e cheio de mistérios. Por isso, acredito que quem entende de filosofia vai aproveitar melhor a história do que eu aproveitei. Com certeza, um livro para se ler e reler várias vezes e, a cada leitura, descobrir um novo detalhe!!!

Resumindo, apesar da minha dificuldade eu recomendo a leitura, já que, ainda que como eu, você não conheça muito de filosofia e fique com a sensação de estar engolindo uma pedra, a leitura é agradável e vale a pena!!

Beijos e boa leitura!!
Fefa Rodrigues.

4 comentários:

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Fefa!

Não me lembro qual música a Rita Lee usou como base. Assim que lembrar, eu te falo. Mas se você gosta das músicas dos Beatles com outras pessoas, vai gostar da trilha de Uma lição de amor. Ela é uma das minhas preferidas e é toda dos Beatles, mas com vários artistas. POr exemplo, Eddie Vedder canta You´ve got to hide your love away, Heather Nova canta We can work it out (adora esta), Wallflowers canta I´m looking through you, Acroos the universe tá com Rufus Wainwright, Two of us Aimee Mann, Don´t let me down com Stereophonis e Blacbird com a Sarah MacLachlan. Essas são as minhas favoritas, mas ainda tem Sheryl Crow, Howie Day... è muito boa.

Eu já comecei a terceira temporada de The Tudors, mas s´vi 2 episódios. Sabe como é, fim de semestre, trabalhos da faculdade acumulando, provas para corrigir...Tô meio que na correria. mas graças a Deus tá acabando, daqui a uma semana volto ao normal.

Beijos,

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Esuqeci mais uma. Não é da trilha, mas a Xhantal Kreviazuk fez uma versão de In my life para outra trilha, a de Providence (era um seriado de TV, não sei se você conhece), que também é linda (como tudo que ela faz). E não é que eu não goste de versões, apesar de ser meio chata com isso. Só acho que a versão tem que ser tão boa ou melhor que a original (às vezes isso acontece, como Enjoy the silence, Mike Shinoda Mix. Melhor que a ersão original com o Depeche Mode, apesar de ser com o mesmo grupo. Pelo menos eu acho).

Beijos!

Anônimo disse...

Obrigada pela dica!
O livro pelo que vc mencionou, vou adorar ler. Pois como conheço O mundo de Sophia e gostei muito, achei o autor sensível e amoroso no tocante a ensinar a Filosofia de forma fácil e atraente.
Curioso vc continuar nesta leitura visto ter dito não ter muito conhecimento de filosofia. Mas, é por isso, com os livros desse autor nós conseguimos entender bastante coisa.
abç
Orquidea

Fefa Rodrigues disse...

Orquidea, eu acho q só consegui continuar a leitura destes livros até o fim pq ´autor é realmente muito bom, como eu disse, tenho tanta dificuldade com filosofia quanto com matemática hehehehe... engraçado né!!

POr causa desta dificuldade a leitura destas obras foi mais complicada pra mim, mas acho que valeu muito a pena e pretendo reler O MUndo de Sofia, só falta ter uma brecha entre as leituras!!!