Assim que eu terminei de ler Um Mundo num Grão de Areia, do Rubem Alves, livro que me rendeu tantas anotações que garantiu material para dezenas de postagens, me lembrei desse livro da Lya Luft que ganhei da minha irmã Tata em algum dos muitos aniversários que eu já comemorei e que, depois de lido e relido, acabou esquecidinho ali na estante.
O livro, assim como o do Rubem Alves, é uma coletânea de textos e crônicas da autora, publicados, se não me engano, na revista Veja. Aliás, a única coisa que eu considerava ler na revista Veja eram os textos quinzenais dessa escritora que, como me aconteceu com outros maravilhosos escritores, com destaque para Gabriel Garcia Marques, eu só conheci graças às horas que eu passava na biblioteca da Faculdade, após as aulas, enquanto esperava meu ônibus chegar... horas sem fim, intermináveis, agravadas pela fome e pelo pensamento de que meu almoço só aconteceria as 14:00h!! Ôh tempos difíceis, heim!!!
Como já comentei, a biblioteca da Faculdade - na verdade eram duas, e uma das razões de maior orgulho dos alunos que estudavam lá - tinha suas prateleiras recheadas apenas com livros de direito e, diferente do que acontece na também mega-uper biblioteca da Uniso, na FADI não tinha quase nada de literatura, mas, por outro lado, todos os periódicos possíveis e imaginais chegavam lá.
Foi assim que conheci revistas que antes nunca tinha ouvido falar como Carta Capital, Caros Amigos, Bravo e, meu coração que já era avermelhado tingiu-se completamente, em especial, graças à influência de meus queridos mestres, que eram mestres no sentido literal da palavra!!
Quando chegava a sexta-feira, eu já tinha lido tudo que tinha para ler, todas as reportagens das minhas revistas preferidas, então dava uma folheada na Veja e, foi assim que eu descobri essa cronista e me apaixonei por seus textos quinzenais. Cheguei a ponto de fazer a mocinha do acervo resgatar todas as revistas que estavam guardadas para que eu pudesse xerocopiar os textos da Lya Luft, e até hoje tenho eles guardados numa pasta.
Sabedora dessa minha paixão e tentando facilitar minha vida, minha queria irmã me deu esse livro, que tem alguns textos que eu já conhecia, mas que mereciam ser relidos, e outros que eu nunca tinha lido.
Como, além de romances, eu também simplesmente amo este tipo de textos, queria deixar mais esta dica para todos que amam ler, para aqueles que conhecem a Lya Luft, ou como eu nunca tinham ouvido falar dela, uma leitura que ensina muito, faz pensar, ver as coisas sob ângulos distintos, gostei muito mesmo... apesar dela ser cronista da Veja (adorava aquela comunidade no orkut “Leu na Veja? Azar o seu!”).
Tá ai mais uma dicazinha!!!
Beijos, boa leitura, bom sábado... e deixa eu cair na piscina que o sol tá brilhando lá fora!!
Fefa Rodrigues
4 comentários:
A Lya Luft é maravilhoso, adoro como o texto dela flui, sabe? Quando eu tinha a assinatura da Veja era o que eu mais gostava de ler. Os textos dela.
Bjos
Mais uma dica que vou anotar, Fefa. Só li "Antes do Baile Verde", que tinha um texto que remonta minha infância.
Você já leu? Caso tenha lido, lembra do conto "A Caçada?". Eu o li quando criança e foi um dos contos mais maravilhosos que eu li, juntamente com o conto "Além do bastidor", da Marina Colasanti.
Existe alguns contos e livros com os quais tenho a maior gratidão, pois marcaram muito minha forma de ver o mundo. Vc já sabe q C.S.Lewis tem um canto especial na minha memória... rsrsrs...
Já Lya Luft e a Marina Colasanti, tive meio que leituras clandestinas. Quero dizer, como recebia os livros didáticos na escola, eu adorava ler os textos (contos e crônicas) que eu sabia que nunca seriam lidos na sala. Eu folheava o livro até o final, encontrando cada texto que me deliciava! Foi assim que descobri essas duas autoras. Pena não ter tido livros delas mais cedo...
E eu vou anotar suas dicas Nerito pq não conheço Marina Colasanti... acredita que nunca li MOnteiro Lobato?
Nossa, quanta coisa pra se ler!!! Quero ter uma vida eterna... hehehe
Mirian, Lya Luft realmente é demais, eu sempre me identifiquei bastante com o jeito que ela vê as coisas... gosto como ela fala poeticamente até mesmo de coisas terríveis!!!
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