Quem ama ler, sempre conhece, mesmo que apenas de conversas, os grande clássicos da literatura. Eu já tinha ouvido muito sobre Moby Dick quando assisti Matilda pela primeira vez e, desde então, nas dezenas de vezes que vi o filme, aquela cena final, na qual e garotinha genial esta sentada em sua cama lendo, a frase que inicia o li – Há alguns anos, não sei quantos ao certo, tendo pouco ou nenhum dinheiro no bolso... – sempre me fazia ter vontade de ler o livro.
Mas foi só quando eu estava na faculdade que encontrei um exemplar para ler. Uma colega chamada Ângela – mas que eu gostava de chamar de Anja – me emprestou o livro, um dos favoritos do pai dela, e eu li com o mesmo entusiasmo de quando encontrei um exemplar de Os Miseráveis.
A história das aventuras de Ismael, um homem do mar que, como ele mesmo diz, não tinha qualquer interesse nos assuntos de terra firma, decide, junto com seu amigo Queequeg, embarcar em um navio baleeiro comandado pelo capitão Ahab, que, segundo avisaram a Ismael, é um louco que tem como único objetivo caçar a baleia Moby Dick, um enorme cachalote deformado e cheio de cicatrizes das inúmeras batalhas que enfrentou, sempre vencendo seus oponentes e destruindo os navios baleeiros.
Teoricamente, aquela viagem programa para durar três anos, tem como objetivo caçar baleias para extrair o esparmacete, um óleo muito utilizado na época e que garantia muito lucro, mas, a verdadeira intenção do capitão Ahab é caçar a temível baleia, o que vai ficando claro no decorrer da história.
A narração é cheia de reflexões do personagem Ismael, o que gostei, porém, eu me cansei um pouco com as longas descrições do dia-a-dia do navio baleeiro e, como eles estão em alto mar, não sobra muito o que contar, assim a história se reveza entre os dias de trabalho no navio e os momentos em que baleias são avistadas e toda a luta entre elas o navio e seus tripulantes.
Sinceramente, o livro não foi muito do meu agrado. Não tem muita emoção, demora muito para encontrar a tal da Moby Dick e todo o decorrer da história fica só no dia-a-dia dos marinheiros, são muitos detalhes, muita descrição... hum achei meio chato. E falo isso com aquela pontada de incomodo que tenho quando não gosto de algum clássico da literatura o que a Fê, do Na trilha, me disse que não devia sentir já que, nas palavras dela, “não é porque é clássico que é bom”, o que eu concordo, mas é que fiquei traumatizada com o xingo que levei por não gostar de O Retrato de Dorian Grey.
De tudo isso, no final das contas, a primeira frase do livro que eu escrevi ali em cima, vira e meche me vem à mente, e o que mais achei interessante foi uma história que ouvi certa vez e que não tenho como atestar se é verdadeira, mas que eu gostei.
Ouvi dizer que Herman Malville tinha sido demitido e, quando chegou em casa um tanto preocupado e chateado, contou para sua mulher o que havia acontecido, ela então disse que ele não devia se preocupar, porque nos últimos anos ela havia feitos economia e guardado todo dinheiro que sobrava, por isso, agora ele poderia se dedicar a escrever o livro que tanto sonhava!!
Não dá para saber se as cosias foram bem assim, talvez ele tenha tido essa sorte e essa história me faz lembrar de um texto do Contardo Calligaris que li dia desses, ele falava sobre a sorte que é encontrar alguém nesta vida disposto a caminhar com a gente na chuva... disposto a apoiar nossos sonhos!!
Beijos e boa leitura!!!
Fefa Rodrigues
7 comentários:
Fefa, eu não gostei do Retrato de Dorian Gray :) Aliás, é um dos raros livros que abandonei antes do fim.
E nunca me apeteceu ler Moby Dick.
Já os Miseráveis, tenho de ler. Urgentemente.
Oi Manuel... tem um cronisca que eu amo, o nome dele é Ricardo Gondim e em um de seus textos ele disse certa vez que "ninguém devia morrer sem ler Os Miseráveis" e eu concordo totalmente com ele...
Para mim, Os Miseráveis e Guerra e Paz são as maiores produç~çoes literarias da história!!!
Olá Fefa!! Adoro passar aqui primeiro, antes de começar o dia!!
Os Miseráveis com certeza nos humaniza indo direto ao assunto, contrário de Moby... Já explico.
Muitos livros e filmes, vejo por detrás das palavras. Não li veja bem,ainda. Adoro, a cultura e história norte americana. Quando vc esta um pouco a par do contexto histórico ajuda a extrair mais coisa do que aparentemente essa guerra que ele travou com a baleia. Parece que prefigura a dificuldade que o autor teve em sua vida.
Os problemas de emprego. A grande depressão pela qual os EUA passou. É um grande livro, justamente pelo que esta por trás de sua história. Não li, ainda, pelo mesmo motivo que vc, não gosto dessa vida de pescador. Mas, pretendo muito ler pelo contexto histórico. Parece que é uma crítica ao sistema na época. Eu sempre leio literatura americana, sabendo desse contexto. Parece que fica suspenso tb um caso de homossexualidade. De 2 marinheiros, é tudo no ar.
Desejo muito esse livro na minha estante, para ler claro, mas adoro os clássicos, quero todos, mas são sempre os mais caros!!
Guerra e Paz li, mas tb não é um livro fácil,adorei. Mas, como Moby... tem a parte da linha de batalha que foi cansativo. Homem deve gostar mais dessa parte rsrs.
Obrigada
Orquidea.
Desculpe prolongar meu comentário.
Queria muito, que vc tivesse oportunidade, de assistir grandes livros a analise de Moby... no The History Channel na tv à cabo.
Tenho essa mania de ler os clássicos americanos, olhando a época que o país tava passando. Quando o escritor escreveu o livro. Pensando... ele disse isso porque no estado americano que ele vivia... ou porque o ano que ele escreveu o país tava assim... Mas, a analise que fiz foi porque assisti aos comentários do livro, pois ainda não li para saber. É o livro de capa a capa, mas mesmo assim não estragou, quero ler, pois gosto de sentir a época.
Abç
Orquidea.
A deixa eu comentar não fica zangada.
O Retrato... gostei.(esse eu li)Poque é a visão de vida de três homens. Dizem que todos os três, são Oscar Wilder. Tb acho. Depois que li TUDO sobre o escritor. Achei terrível, o que eles pensam das mulheres. Hoje em dia e em qualquer cultura. Terrível, mas a realidade.
Entretanto, os homens não deviam generalizar assim como nós tb não.
Orquidea
obrigada.
PS: Moby... e O Retrato... muita filosofia!!
Orquidea...
Sempre que eu não gosto muitod e um livro, procuro saber mais daquilo que o autor quis dizer por trás das palavras, para que, mesmo que a história não tenha me agradado, eu consiga aprenser com o livro... tanto no caso de O Retrato como de MOby, penso que muito mais do que escrever uma "história legal" os autores destas obras queriam expressar idéias... como numa alegoria...
Além disso, tem a minha já comentada dificuldade com as questões filosoficas, como não estou por dentro do assunto, as vezes me passa despercebido, talvez por isso estas obras nãot enham me agradado tanto...
Diferente do que acotnece com Guerra e Paz ou Os Miseráveis, que tem mais questões histórias envolvidas - area que eu ja tenho mais conhecimento - e, no caso de Os Miseraveis espeficamente... ainda não consegui desenvolver bem a ideia, mas acho ele essencial para quem faz Direito...
Eu vou procurar o documentario da History que vc disse... quem sabe eu encontro pra baixar na net... eu até tenho o canal em casa, mas nunca consigo pegar os programas bons...
PS: Adoro seus comentários... como os da Fernanad e do Nerito, sempre me fazem ver mais além...
;o)
Fefa,
vc dizendo isso, me despreocupa. Adoro livros, como vc. por isso gosto de comentá-los. Mas, acima de tudo respeito sua opinião e seu espaço.
abç
Orquidea
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