A Conspiração Franciscana – John Sack
Esse é mais um daqueles livros que eu comprei sem nunca ter ouvido falar do autor, entrei na livraria, falei pra atendente que curtia romances históricos, Idade Média e essas coisas... Então ela trouxe alguns títulos pra eu olhar. Como estava numa época meio super interessada em sociedades secretas, confrarias e mistérios, e como tenho uma queda por monges e monastérios, gostei da capa e comprei.
Detalhe da Capa |
A história se baseia num fato cuja veracidade eu ainda não pesquisei, ou seja, que a Igreja Católica, ou mais especificamente a Ordem Franciscana, teria escondido os restos mortais de São Francisco de Assis e o lugar onde ele havia sido enterrado, o que só veio a ser descoberto quase 600 anos depois.
O romance começa pouco tempo após a morte de São Francisco, quando frei Leo, que havia sido companheiro do santo, escreve uma carta para Conrad, um monge que foi seu discípulo e amigo e que agora vive isolado cumprindo seus votos de pobreza. Mas, escondido nos ornamentos do manuscrito, Conrad encontra uma mensagem codificada sobre São Francisco e os estigmas que afligiram seu corpo...
Em busca de respostas, Conrad deixa seu isolamento e atravessa a Itália para encontrar explicações, e nessa busca ele acaba descobrindo que a Igreja esconde um segredo capaz de abalar a Ordem Franciscana e os alicerces da fé católica além de suas próprias crenças.
Bem, o livro não é lá grande coisa, achei meio óbvio demais, tipo, não demora muito pra perceber qual é o segredo sobre que a Ordem quer esconder, mas, sinceramente, não acredito que alguém como São Francisco teria mantido algo que iludiria as pessoas. Mas, assim, se você está sem nada melhor para fazer, dá para encarar.
Para dar um gostinho, ai vai o comecinho do livro....
“Assis, 25 de março de 1.230. O cavaleiro Simone Della Rocca Paida esquadrinhava a viela onde os frades iriam aparecer. Andem; venham logo, seus ratos de igreja detestáveis. Vamos acabar com essa história infeliz. Empertigou-se sobre a sela e sacou a espada da bainha. Sua língua estava seca como um chumaço de lã.”
Uma coisa que você acaba percebendo quando começa a ler romances históricos é a questão da adaptação (não sei se essa seria a melhor palavra), por exemplo, quando eu leio Bernard Cornwell tudo remete a Idade Média, ou à época em que a história está se passando, cada detalhe, cada palavra, todo o clima da história... ele não coloca na fala dos personagens uma expressão que não existia na época, até as “gírias” são adequadas, o comportamento dos personagens, o modo de pensar, os preconceitos... já, nessa obra, parece que algo não bate, que os personagens parecem mais homens e mulheres do século XXI... sei lá... pode até ser um problema de tradução, mas é isso que eu sinto, e daí já perde bastante da graça... principalmente se o que fez você se interessar pelo livro foi a questão histórica.
E só para não perder a oportunidade ai vai uma das mais belas orações que eu já vi na vida, a Oração de São Francisco de Assis:
“Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa , que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna...”
Beijos
Fefa Rodrigues
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