terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

É possível estragar algo que é bom?

Aqueles que como eu são assíduos freqüentadores de academia já devem ter percebido que aquele é um ambiente propício pra gente aprender que, no campo das criações humanas, nada é tão ruim que não possa ser piorado, o que a gente percebe claramente quando, em meio a pesos e esteiras, nos damos conta, estupefatos, de que “sim! – remixaram aquele sertanejo, funk, pagode e afins...”.

É bem verdade que esse fenômeno de piorar o ruim não acontece só na música, haja vista o BBB, as novelas, o Michel Telo... Mas é lá na academia que a gente se lembra de agradecer a São Steve Jobs pela benção do Ipod nosso de cada dia!! Então, livres de Banda Eva, Pente, Luan Santana e coisas do gênero, seguimos em nosso treino alheios àquilo que alguns chamam de música.

Mas, ninguém está livre de esquecer o Ipod ligado a noite toda dentro da mala e, ao subir na esteira, se deparar com a bateria vazia!! Esse foi meu drama hoje. Sem Ipod por falta de bateria, subi na esteira, a princípio feliz porque o CD que estava tocando quando eu cheguei parecia ter acabado e ninguém estava se preocupando em colocar outro. Mas, pobre de mim, minha alegria durou tão pouco.

Não demorou para que um CD de Samba – acho que é a proximidade do Carnaval que influênciou a escolha – começasse a tocar. A princípio tudo bem, melhor samba do que funk... até que, de repente, minha fé se renova quando comecei a ouvir os primeiros acordes de Sunday, Bloody Sunday... 

Logo percebi que não era o Bono cantando. “Quem sabe alguém regravou”, pensei, até que alguns segundos depois minha reação foi “Jesus o que é isso?”... então me dei conta de que “pagodearam” a música. É isso mesmo amigos. Dá pra acreditar? Sunday, Bloody Sundy versão pagode!! Fizeram isso com a música, estragaram o que era bom.

Depois do susto, ainda fui torturada por uma hora de samba... 

Acho que se ele tivesse ouvido o que fizeram com a música, não estaria sorrindo!!

Ou seja, sim, é possível estragar algo bom...

Oh, Bono... so sorry!!
Fefa Rodrigues

7 comentários:

Dora Delano disse...

Ai, Fefa! Não há nada pior que ouvir esse tipo de música num lugar em que você tinha que relaxar [e to falando relaxar pq exercício libera endorfina].

Eu tava voltando de uma viagem longa de ônibus, quando no banco imediatamente atrás de mim dois homens colocaram para tocar raça negra, soweto e afins. Isso logo depois do motorista ser claro sobre a proibiçao de ouvir música sem fone. Eu quase morri. Quando trocamos de motorista [a viagem era longa mesmooo], eu pedi gentilmente e em voz alta que ele reforçasse a informaçao sobre a proibiçao de ouvir música sem fone, pelamordeus, e finalmente a tortura acabou.

Mas vou te dizer que não sei o que as pessoas têm na cabeça, não...

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Ai, também já ouvio esse ultraje! apesar de ficar p por não ter ido nos dois últimos shows (sniff! Não consegui ingresso!). Meu vizinho da frente é daqueles que quando ouve música é pra vizinhança inteira, E o cara gosta de todas essas porcarias: pagode, sertanejo, rap...De vez em nunca ele dá uma dentro e ouve A-ha. De qualquer forma já ouvi esse absurdo por causa dele...Aff!


Beijos!

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Ah Fefa!

Sobre Pecy Jackson: vão sim filmar a sequencia, e parece que o trio principal vai ser o mesmo. Só não sei se vão filmar os outros, e se filmarem, tem que fazer logo, porque o ator que faz o Percy, e principalmente a menina que faz a Annabeth logo logo não vão poder mais encarar os papéis. Só que também não sei como vão fazer a sequencia, se vai seguir o livro ou não. O primeiro já foi muito diferente, e quando você ler, vai entender bem isso. Deixaram de fora o principal motivo para a continuação. Mas é esperar pra ver.

Beijos!

Fefa Rodrigues disse...

Ah... um detalhe... eu não desgoto totalmente de samba... até gosto daqueles sambas à moda antiga... não que eu coloque no meu Ipod, mas acho que são boas no sentido musical da coisa hehehe...

O mesmo vale pra sertanejo de raiz... me lembra minha infancia, meu pai tocando violão, maus avós que viviam no sítio...

Aliás, meu avô Toninho... já anjo, tinha um grupo de samba, ele tocava e cantava e me lembro muito dele cantando Noel Rosa... isso era música...

Vou tentar encontrar uma foto dele, com o grupo, tocando no Rio nos anos 50... vou scanear e colocar aqui!!!:o)

Boa lembraça...

Gabriela Cesa disse...

Vivo em uma cidadezinha no Chile e até aqui eu tenho que aguentar o Michel Teló na academia. Inclusive escrevi sobre isso no meu blog

http://gabrielacesa.blogspot.com/2012/02/vida-de-estrangeira-michel-telo-no.html

Se aqui está assim, imagina no Brasil, com o carnaval chegando.

Beijo

Aline disse...

remix samba do U2 - isto só pode ter uma explicação é o ruim tentando ser bom com o talento alheio, sintetizando: "O CHUPIM" - ter um pouco de luz sem fazer esforço... e olha que eu sou eclética de Sinatra a Charlie Brown Jr rs

Fefa Rodrigues disse...

"CHUPIM"??!!!

hauahauhauhauhauhua fazia tempo que não ouvia essa palavra!