"É que nada é tão difícil de acreditar quanto a verdade e, ao contrário, nada é tão sedutor quanto a força da mentira, quanto maior for o seu peso."
Mais um livro do Zafón que li em menos de uma semana!! Bem, a verdade é que tenho e li todos os livros do Zafón que foram publicados em português e, pelo que sei, só falta um livro dele a ser publicado na nossa língua, As Luzes de Setembro. Espero que chegue logo!!!
Palácio da Meia Noite, O
Príncipe da Névoa e As Luzes de Setembro fazem parte
dos escritos infanto-juvenis do autor. As Luzes de Setembro ainda não foi
publicado em português, mas posso dizer que O Palácio da Meia-noite e
O
Príncipe da Névoa são livros de leitura muito fácil, com personagens
adolescentes que, em meio a mistérios, passam por descobertas próprias da idade
como o amor, a amizade e o poder das decisões.
Apesar de ser leitura fácil, em
ambos os casos a história é muito boa e segue o mesmo estilo dos outros livros
do Zafón, mistério, amor e o destino sempre inexorável. Como já disse antes, eu
vejo algo do Gabo no Zafón, e acredito que seja essa visão do
destino como força incontrolável que governa e guia a vida de todos, algo do
que não se pode fugir e que deve ser encarado com coragem.
Palácio da Meia Noite
traz uma inovação. Diferente dos demais livros do autor, a história não se
passa em Barcelona ou na Espanha, mas em Calcutá na Índia, durante a década de
30 e começa com um homem fugindo pelas ruas vazias e assustadoras da cidade,
numa noite chuvosa, com dois bebes a quem busca proteger.
Os bebes gêmeos são deixados na
casa de uma velha senhora e o homem, um oficial inglês, depois de deixar as crianças
a salvo, foge de novo para encontrar a morte nas ruas. Por um motivo que não
conseguimos entender no inicio da história, os irmão são separados, sendo que
um deles é deixado em um orfanato e o outro é levado pela velha mulher.
No dia seguinte, uma estranha
figura aparece no orfanato perguntando sobre o bebe abandonado, mas o diretor,
orientado por uma carta deixada junto ao garoto, para proteger a criança, mente
dizendo que não havia nenhum novo interno na instituição. A figura sinistra
então diz que por aquela noite aceitaria a resposta, mas que passados os 16
anos que separavam o bebe da vida adulta, ele voltaria para pegar o menino.
Passados os 16 anos, os dois
irmãos se reencontram em meio a acontecimentos estranhos e sobrenaturais, às
vésperas de seu aniversário e, apesar de todas as tentativas de deixá-los longe
dos perigos que os rondam desde o nascimento, terão que enfrentar aquela figura
do passado que volta em busca de vingança e, enquanto buscam por respostas, vão
descobrindo a verdade sobre sua origem, sobre seus pais e sobre o que os
separou. Nessa busca, os irmãos contam com a ajuda de amigos inseparáveis e
corajosos, dispostos a arriscar a vida uns pelos outros.
É uma ótima história de amizade,
amor e redenção, cheia de mistério, de dor, de maldade e bondade, ou seja,
cheia de tudo que é humano. É essa mistura temperada com o destino irrefreável que
me faz sempre gostar dos livros do Zafón, além disso, a escrita dele é ótima,
as frases dele são marcantes e as histórias sempre bem contadas.
Recomendo e acredito que os
livros dele são um bom meio de despertar o gosto pela leitura em adolescentes e
até mesmo em adultos que ainda não tenham desenvolvido esse hábito!! Estou
certa de que é uma leitura que vale a pena!!!
Agora, comecei a ler O
Inverno do Mundo do Kenn Follet
e posso dizer que, mesmo estando ainda na página 100, certamente será um livro
esplendido e que, apesar de ser bem longo, tenho certeza de que vou devorá-lo,
ainda mais com o feriado prolongado da próxima semana!!!
Então, em breve falo dele!!!
Beijos e boa leitura...
Fefa Rodrigues
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