Termino este livro com aquela sensação de deixar um bom amigo para trás. Um livro que eu amei, me apaixonei totalmente e que foi dica da minha amiga aqui do blog, a Orquídea, quando eu pedi sugestões de literatura vampiresca.
Eu nunca tinha lido nada sobre vampiros, apesar deles estarem bem na moda atualmente, então, comprei este livro imaginando algo tio Crepúsculo ou Fallen (séries que eu ainda não li), mas fui surpreendida por algo de muito mais conteúdo. Acredito que um livro que tem tudo para se tornar um clássico ao melhor estilo Entrevista com Vampiro ou Drácula.
A história começa quando uma garota americana, que vive em Amsterdã com seu pai que trabalha na diplomacia, encontra na biblioteca de sua casa um livro estranho, feito de pergaminho muito antigo e que não tem nada escrito em suas páginas, exceto pelo desenho de um dragão bem no centro. Junto daquele objeto estranho, a menina encontra cartas datadas da década de 30, estranhamente endereçadas a “Meu desafortunado sucessor”. Depois de ler aquelas cartas, a garota fica intrigada e cria coragem para perguntar a seu pai o que tudo aquilo significa.
O pai, Paul, decide levar a filha a algumas de suas viagens de trabalho, e eles andam por várias cidades europeias visitando mosteiros e castelos medievais, e a cada parada seu pai conta um pouco sobre seu professor e orientador de doutorado, Bartolomeu Rossi, que um dia, assim como ele, encontrou (ou foi encontrado) por um daqueles estranhos livros e para onde suas pesquisas o levaram até seu misterioso desaparecimento.
E é assim que, a partir das cartas de Rossi, contando sobre suas pesquisas nos anos 30 e depois pela narrativa de Paul, sobre suas próprias buscas na década de 50, nós vamos conhecendo toda a história real de Vlad Tepes III, soberano da Valáquia, e mais conhecido como Drácula, o Empalador.
Eu gostei especialmente da parte em que Paul e sua amiga Helen começam a realizar a pesquisa juntos, seguindo pistas como livros antigos, panfletos medievais sobre vampirismo, lendas e canções folclóricas eles buscam encontrar a localização da tumba de Drácula que não é o Lago Snagov como todos acreditam ser. Para quem ama história e adoraria visitar bibliotecas esquecidas em mosteiros da Idade Média e olhar e tocar manuscritos medievais, esta livro é perfeito (Ah!!! Se eu ainda fizesse Caças ao Tesouro em nossos carnavais!!!).
O livro me lembrou – em partes – o livro O Código Da Vinci, por esta questão de pistas escondidas na história e em seus símbolos!!
Então ai é que foi minha surpresa, é verdade que durante essa busca acadêmica, eles acabam descobrindo que a existência dos mortos-vivos não é apenas uma lenda de pessoas simplórias dos remotos campos da Europa oriental, mas uma realidade que os persegue por suas andanças por Istambul, Hungria, Bulgária e Romênia e até pelas modernas ruas dos Estados Unidos, mas o foco da história são as questões históricas, as lendas envolvendo Drácula e quem foi esse realmente esse homem que, seja pela lenda, seja pelos feitos, se recusa a morrer.
Não há vampiros por todos os lados querendo morder jovens inocentes, mas há uma constante presença do mal que chegou a me dar calafrios. E no fim a gente acaba por descobrir que temos um lado em comum com Drácula!!:o)
Um livro que eu indico totalmente, para quem gosta de vampiros e para quem gosta de um romance muito bem escrito, uma narrativa deliciosa e um ótimo mistério a se resolver!!! (E que me fez pensar o tempo todo “porque, afinal de contas, eu fiz Direito e não História?”).
Beijos e boa leitura!!!
Fefa RodriguesPS: Ontem, eu estava em uma livraria no shopping comprando Morte dos Reis, sexto livro da série Crônicas Saxônicas do Bernard Cornwell, quando ouvi uma mocinha falando com a vendedora. Ela queria um livro de vampiros, mas tudo o que tinha na livraria ela já tinha lido. Então, interrompi a conversa delas e falei sobre O Historiador, disse que era sobre o Drácula e que era muito bom, e ela se interessou e resolveu comprar. Sai de lá com uma sensação boa, a de perceber que nossa paixão por livros, diferente da maioria das paixões, tem a capacidade de criar laços entre as pessoas!!
6 comentários:
o que é isso de leitura conjunta?
e adorei a resenha do livro. Tá na lista. =]
Oi Fefa!
Eu já estava meio preocupada com o seu silêncio, mas daí eu vi que vc estava de férias e entendi. Não demorou nada e vc postou isso. Eu nào li a resenha porque aind anãoi li o livro, mas voou ler sim.
Sobre ACDGEDF, eu recomendo ler de novo. Muuuuita coisa passa despercebida. A maioria do que eu escrevi eu só percebi agora, como a posição dos ovos na pira, os sonhos do Jon e da Dany, entre outras coisas.
Acho que esqueci de comentar com você que tinha saído Morte de Reis...minha irmã também comprou, logo, logo eu leio. E é muito legal quando a gente passa adiante uma dica de algo que a gente gosta. Na última bienal, eu e minha irmã recomendamos Bernard Cornwell pra muita gente, ou só comentamos mesmo.
Fefa, só uma correção: Fallen é sobre anjos, não vampiros. Mas no fim, da tudo na mesma, só muda mesmo o tipo de ser sobrenatural ;D
Beijos!
Fê
PS; o seu outro cometário eu respondi no meu blog mesmo, no post.
ORQUIDEA -> qd eu fui comprar Morte de Reis, tinha tbm o livro Abraham Lincoln, mas como na verdade eu tinha me comprometido a não comprar nada até terminar de ler as cosias novas q eu tenho, Morte de Reis já foi uma exceção... dai duas exceções nao dava hehehehe... fiquei super com vontade de comprar tbm, mas preciso economizar senão nunca vou conhecer a Europa hehehehe
Oi Fefa!
Quem sabe esse ano você vai na Bienal pela primeira vez e a gente se encontra? O problema é resistir. Da última vez, saí com um monte de livors, gastei uma grana... Mas é muito legal, pra gente que adora livros, é o paraíso!
Beijos!
Fê
Fefa,
a minha dissertação ainda vai me ocupar até agosto.. mas eu nao fico 24 horas escrevendo [devia!]. Adorei a ideia de lermos juntos o Gabo. Por qual livro vc acha que devíamos começar? A minha edição de "cem anos.." é em inglês, mas creio que não muda muito as ideias [embora schopenhauer diga que toda tradução é imperfeita]. Eu tenho "amor nos tempos do cólera", "ninguém escreve ao coronel", a biografia, o de contos... tenho uma porção! ahauahuahau bjo
Este é meu livro preferido... gosto muito da literatura séria sobre vampiros, ou seja para mim quase tudo que sai sobre o tema recentemente é descartável e fútil.
Li esse livro logo quando foi lançado, já havia acompanhado na internet sobre ele antes. E tive as mesas sensações que você... é uma pena que os adolescente de hoje em dia preferem uma outra visão dos vampiros.
Você resumiu tudo ao dize que esse livre tem conteúdo.
Estudo história, toda vez que vou para a biblioteca da faculdade fazer uma pesquisa espero encontrar um livro velho com uma xilogravura de dragão hahahaha
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